Há muito tempo, o escritor e músico João Barone, baterista da banda Os Paralamas do Sucesso, estuda a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. A inspiração do artista é pessoal: seu pai foi um dos combatentes brasileiros na Itália. “Essa era uma história que sempre foi muito presente na minha família. Isso foi criando um interesse paralelo à minha carreira nos Paralamas. Também acho que é um tema muito rico e que existem problemas que o Brasil vivencia hoje que aconteciam naquela época, como a falta de infraestrutura e a determinação do futuro, ou não futuro do país, pelas elites”, explica Barone.
O Brasil viu sua história ser envolvida por acontecimentos da guerra, como o flerte de Getúlio Vargas com o fascismo antes de decidir apoiar os Estados Unidos, em 1942; a criação de uma base aérea de Natal feita pelos EUA; e até as experiências de soldados brasileiros em campo de batalha.
Essa inquietação se tornou primeiro conteúdo de um livro lançado por Barone, em 2013, pela editora Nova Fronteira. Em 2015, esse estudo se torna a série homônima '1942 — O Brasil e sua guerra quase desconhecida', que estreia nesta terça-feira no serviço on demand Philos, da Globosat, especializado em conteúdos de arte e história. Ao todo, serão quatro episódios com entrevistas, depoimentos e imagens de arquivo que estarão disponíveis na íntegra na plataforma.
O lançamento aproveita a comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. “Aproveitamos como um gancho para realizar a série documental. Até porque muitos ex-combatentes voltaram pela primeira vez a Itália após a guerra. Pudemos retratar isso no programa”, conta João Barone.
O grande objetivo da série é mostrar a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial e como isso impactou no país. “A participação do Brasil é um assunto muito rico. A meta desse documentário é apresentar esse tema para as pessoas. Temos um deficit muito grande. Eu quis compilar histórias que significassem o envolvimento brasileiro e como isso interferiu no país. Apenas após a participação na Segunda Guerra Mundial, o Brasil se abriu para a globalização”, defende o autor da série, que seu trabalho no documentário terá resultado se essa história for incorporada nos conteúdos escolares.
Duas perguntas // João Barone, autor da série
Como foi adaptar o livro para a televisão?
A ideia era exatamente usar o mesmo gancho, o mesmo apelo do livro, que seria explicar essa história tão incrível que aconteceu com o Brasil no fim dos anos 1930 e que determinou nosso envolvimento na maior guerra da história. Falamos sobre causas, consequências e lições disso tudo. Fiquei muito empolgado em transferir o livro para o documentário.
Por que você decidiu se aprofundar no tema?
Temos muito que aprender com aquele episódio. O Brasil tem um deficit muito grande para construir uma ideia de nação, de país. Infelizmente, a nossa participação na Segunda Guerra é muito associada ao regime militar, não há esse distanciamento histórico. Perdemos sem saber dessa história que é muito importante e interessante. Acho que o grande trunfo dessa série é a maneira como assunto é apresentado.
1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida
Disponível nesta terça-feira no Philos, com quatro episódios.
O Brasil viu sua história ser envolvida por acontecimentos da guerra, como o flerte de Getúlio Vargas com o fascismo antes de decidir apoiar os Estados Unidos, em 1942; a criação de uma base aérea de Natal feita pelos EUA; e até as experiências de soldados brasileiros em campo de batalha.
Essa inquietação se tornou primeiro conteúdo de um livro lançado por Barone, em 2013, pela editora Nova Fronteira. Em 2015, esse estudo se torna a série homônima '1942 — O Brasil e sua guerra quase desconhecida', que estreia nesta terça-feira no serviço on demand Philos, da Globosat, especializado em conteúdos de arte e história. Ao todo, serão quatro episódios com entrevistas, depoimentos e imagens de arquivo que estarão disponíveis na íntegra na plataforma.
O lançamento aproveita a comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. “Aproveitamos como um gancho para realizar a série documental. Até porque muitos ex-combatentes voltaram pela primeira vez a Itália após a guerra. Pudemos retratar isso no programa”, conta João Barone.
O grande objetivo da série é mostrar a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial e como isso impactou no país. “A participação do Brasil é um assunto muito rico. A meta desse documentário é apresentar esse tema para as pessoas. Temos um deficit muito grande. Eu quis compilar histórias que significassem o envolvimento brasileiro e como isso interferiu no país. Apenas após a participação na Segunda Guerra Mundial, o Brasil se abriu para a globalização”, defende o autor da série, que seu trabalho no documentário terá resultado se essa história for incorporada nos conteúdos escolares.
Duas perguntas // João Barone, autor da série
Como foi adaptar o livro para a televisão?
A ideia era exatamente usar o mesmo gancho, o mesmo apelo do livro, que seria explicar essa história tão incrível que aconteceu com o Brasil no fim dos anos 1930 e que determinou nosso envolvimento na maior guerra da história. Falamos sobre causas, consequências e lições disso tudo. Fiquei muito empolgado em transferir o livro para o documentário.
Por que você decidiu se aprofundar no tema?
Temos muito que aprender com aquele episódio. O Brasil tem um deficit muito grande para construir uma ideia de nação, de país. Infelizmente, a nossa participação na Segunda Guerra é muito associada ao regime militar, não há esse distanciamento histórico. Perdemos sem saber dessa história que é muito importante e interessante. Acho que o grande trunfo dessa série é a maneira como assunto é apresentado.
1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida
Disponível nesta terça-feira no Philos, com quatro episódios.