Uma briga em avião colocou Azealia Banks, mais uma vez, no centro de um debate sobre racismo e machismo na imprensa dos EUA. A rapper desembarcava de um voo no Aeroporto Internacional de Los Angeles na madrugada desta terça-feira, 21, quando entrou em conflito com um dos passageiros e funcionários da companhia aérea Delta Airlines.
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Neste momento, ainda segundo a testemunha contou ao TMZ, um comissário de bordo teria intervido na briga, segurado a mala de Azealia e pedido que a cantora se acalmasse.
Um vídeo divulgado pelo mesmo site mostra a reação da rapper, que puxa a bagagem de volta e exige ser liberada para deixar o avião. Em certo ponto da filmagem, ela chama o atendente de "fucking faggot" (expressão semelhante a "bicha maldita" em português).
A polícia foi chamada e conversou com Azealia Banks já na esteira de bagagens do aeroporto, além de coletar testemunhos dos passageiros envolvidos no conflito e de algumas testemunhas. O casal francês decidiu não registrar queixa, enquanto a Delta Airlines afirma estar ciente do caso e procurando por mais detalhes.
A voz
Azealia usou o Twitter para oferecer sua versão dos fatos. Sobre as acusações de homofobia publicadas pelo TMZ e por outros veículos, foi direta: "Eu sou bissexual. Meu irmão é trans. Meus funcionários são todos homens gays. Nada mais a dizer", escreveu a artista nesta terça. Mais tarde, voltou a abordar o assunto na rede de microblog ao dizer que "vocês sabem que a uma mulher branca eles teriam entregado as malas educadamente, com um drink".
Racismo e machismo
Curiosamente, os tweets publicados pela cantora norte-americana pouco antes do incidente no voo da Delta abordavam a diferença no tratamento de mulheres negras pela imprensa dos EUA. "Todo mundo noticia quando eu surto. Ninguém noticia quando eu canto ou faço um freestyle. Eles querem me manter por baixo", escreveu ela horas antes de embarcar no avião onde aconteceu a briga. "Se eu fosse um garoto as coisas seriam muito diferentes. Se eu fosse uma branca, ou de pele clara, também seria diferente. Homens e mulheres de pele clara simplesmente ganham mais moral para surtar", acrescentou a autora de 212.
Banks ainda ressaltou questões polêmicas que, quando relacionadas a homens, não chegam a afetar a carreira dos responsáveis. "Violência doméstica, condenação por drogas, tráfico de armas... Coisas que rappers homens fazem e são perdoados pela opinião pública", apontou. "Eu tenho algumas opiniões e de repente sou o ser humano mais horrível do planeta. Deixa eu ir ali clarear minha pele", ironizou.