

O apresentador começa a crônica dizendo que "muita gente estranhou a comoção repentina diante da morte trágica do cantor Cristiano Araújo. A surpresa, porém, não é ao fato dele ser ao mesmo tempo tão famoso e tão desconhecido", disse. "O Brasil, felizmente, tem um punhado de artistas que não passam pelo radar da grande mídia, nem são consenso popular, mas que levam multidões para os seus shows", completa.
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Já no fim da crônica, o jornalista questiona o valor dos sucessos instantâneos. "O cantor talvez tenha morrido cedo demais para provar que tinha potencial para se tornar uma paixão nacional, como tantos casos recentes. Nossa canção popular é hoje dominada por revelações de uma música só, que se entregam a uma alucinada agenda de shows para gerar um bom dinheiro antes que a faísca desse sucesso singular apague sem deixar uma chama mais duradoura. E nesse cenário qualquer um pode, nem que seja por um dia, ser uma estrela maior. Teria sido esse o caso de Cristiano Araújo?". E arrematou: "Nossa história musical e mesmo o passado recente prova que temos tudo para adorarmos ídolos de verdade e para chorar de verdade".
