A nova temporada da seção começa nesta quarta-feira, 22, com a série 'Amores Roubados', e agora cada título será dividido em dois dias de exibição - terça e quinta, após os seriados 'Tapas & beijos' e 'Chapa quente', respectivamente. Mais presente na memória afetiva da nação, com o mérito de ter engajado muito caminhoneiro na reivindicação por seus direitos, Pedro e Bino dão as caras por lá na próxima semana - para a satisfação de Antonio Fagundes e Stênio Garcia.
“O 'Carga pesada' não deveria ter saído do ar. Eu e o Stênio com certeza faríamos o seriado por quanto tempo mais quisessem”, disse Fagundes. “O fim do seriado foi uma escolha de grade da TV Globo, de renovar a programação, nem teria por que acabar, inclusive porque o ibope era muito alto. Até hoje, a gente é reconhecido na rua pelo 'Carga pesada'. Toda vez que passa no Canal Viva, tem um público cativo e muita gente cresceu vendo 'Carga pesada'”, completa.
O trecho a ser revisto no Luz, Câmera, 50 Anos vem dos episódios especiais de 2003, 'A grande viagem', quando o enredo foi retomado. Não era um remake, era de fato uma continuação daquela história.
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“O caminhoneiro é aquele que viaja e deixa tudo seu no mesmo lugar: esposa, filhos. Essas coisas causam uma fragilidade emocional muito grande. Fora isso, tem a perseguição de ladrões, assalto de cargas, e a questão da saúde, porque eles não são atendidos em nenhum sentido. É uma classe muito sofredora.” Para ele, boa parte da conscientização que a categoria adquiriu dos anos 1980 para cá vem da série.Os primeiros textos, lembra Fagundes, foram escritos por Dias Gomes, Gianfrancesco Guarnieri e Carlos Queiroz Filho, alertando para mazelas que, àquela altura, entre 1979 e 81, ainda não eram muito alardeadas nos noticiários.
De Renato Teixeira, 'Frete', o belo tema de abertura, tinha a voz de seu compositor na exibição de 1979 a 81, sendo regravada por Chitãozinho e Xororó a partir de 2003, versão que acompanha a reprise da vez. “É como diz a música: ‘eu conheço cada palmo desse chão’. O caminhoneiro transporta estômago e pele do brasileiro”, cita Stênio..