
Em um tempo em que aparelhos denunciam quem está do outro lado da linha, pareceria estranho nos dias de hoje o fato de atender o telefone e ficar surpreso com a identidade do interlocutor. A situação, recorrente durante décadas, será comum em 'Boogie oogie', nova trama das 6 da Globo, que estreia nesta segunda-feira, 4. Por ser ambientada em 1978, os personagens e autores não poderão agilizar as tramas por celular.
"A ópera fica mais verossímil", aposta Rui Vilhena, que assina o texto da produção. Outro ponto que remete ao passado é a história central da novela, que gira em torno de duas mulheres trocadas na maternidade, recurso visto incontáveis vezes na teledramaturgia. "Esse é um folhetim clássico", avisa o diretor Ricardo Waddington.

Isis Valverde garante que sua personagem não vai reproduzir o dramalhão clássico das mocinhas. "Uma hora ela é boazinha, em outra tem rancor e ódio, quer vingança. Não é aquela mocinha que chora. Ela enfrenta as coisas, Tem uma fragilidade, mas por dentro é pedra dura. No início fiquei meio desesperada", exagera a atriz.
Em outro núcleo mais divertido estará Inês, aeromoça interpretada por Deborah Secco. Ela será responsável por trazer ao país os LPs estrangeiros que os DJs das discotecas ficam ansiosos para ter. A personagem também trará produtos do exterior. "Por enquanto ela traz chicletes e aquele estojo em que você aperta um botão e sai o apontador. Ela não é muambeira, é uma realizadora de sonhos", defende a atriz, que diz ter se inspirado nas mulheres do seriado 'As Panteras' (1976) e do filme 'Os embalos de sábado à noite' (1977). "Agora, eu caminho meio rebolativa", diverte-se.
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Apesar de se passar no período da ditadura militar, o regime não terá destaque na história. "Vai ter só uma pincelada de leve porque é uma novela das 6. Não é adequada ao horário, pois a trama tem um clima alto astral", contou Rui Vilhena. A queda crescente da audiência das novelas é uma preocupação.
"Essa questão está sendo rediscutida na mídia de massa. Nosso plano B é oferecer um produto de qualidade, pois não existe fórmula. Quando não formos compreendidos, vamos abrir esse diálogo. Quando isso acontece a culpa não é de quem vê, é de quem faz", declarou o diretor.