'Geração Brasil' (Globo), que estreou anteontem no horário das sete, é uma novela para quem está disposto a acompanhá-la. Dois motivos: as cenas são vapt-vupt e o tema vai no ritmo de seu conteúdo, ou seja, a tecnologia que a cada dia se aperfeiçoa. Isso não quer dizer que se o telespectador perder um capítulo vai ficar a ver navios, mas que é preciso parar para assisti-la, sob o risco de não conferir o que há de melhor nos detalhes. Enfim, se conectar. Para começo de conversa, temos um Steve Jobs à brasileira, na figura do protagonista Jonas Marra, interpretado por Murilo Benício. Ele é um brasileiro que criou fama e fortuna ao inventar um computador e por aí foi. As primeiras imagens, num ritmo alucinante, trouxeram um helograma fantástico ao fazer Jonas surgir para anunciar os participantes do concurso que vai eleger o novo Jonas Marra. A entrada perfeita para o que a trama de Filipe Miguel e Izabel de Oliveira se propõe.
Com ele, a família americana, formada pela mulher, a estrela de cinema Pamela Parker, vivida pela excelente Cláudia Abreu, e a filha Megan Lily, a patricinha inconsequente de Isabelle Drummond, mais uma vez perfeita no papel. Do clã ainda fazem parte Jack Parker, personagem de Luís Carlos Miele, pai de Pamela, a amiga do peito Dorothy (Luís Miranda) e o filho, o guru Brian Roberto, já candidato a melhor da trama, nas mãos de Lázaro Ramos. O núcleo inteiro, que vive na Califórnia (EUA), é um deleite, embora o sotaque mesclando português e inglês às vezes doa em nossos ouvidos.
Vale destacar que Pamela Parker, apesar do estilo e comportamento espalhafatosos, em nada lembra a cantora Chayene de 'Cheias de charme' (Globo), dos mesmos autores. Pamela, que ficou famosa com uma personagem exótica, a princesa Shelda, uma espécie de She-Ra, já está um tanto passada para o papel, mas sobrevive da fama que ele lhe deu. No entanto, é a esposa amorosa e dedicada da grande sumidade que é Jonas Marra, cujo poder os acionistas da empresa milionária de informática querem reduzir. E aí, novo gancho da novela dá conta de que existe um segredo que o move e que o trará de volta ao Brasil, país para o qual jurou nunca mais voltar.
Aqui em terras brasileiras, todos querem ser Jonas Marra. Quer dizer, os jovens ligados em tecnologia. Gente como Davi Reis (Humberto Carrão) e Manuela Yanes (Chandelly Braz), que estão na disputa para entrar na empresa do ídolo, mas ainda não se conhecem, embora, já se saiba, vão se apaixonar. Um detalhe – já começaram a aparecer – levantou uma dúvida: o pai de Manuela, Frederico Yanes, que foi preso no primeiro capítulo, terá alguma ligação com o segredo de Jonas Marra?. É ver para saber. Outra personagem que deve render bons momentos é Verônica, de Taís Araújo. Ela é uma jornalista decidida a retomar a profissão depois de algum tempo se dedicando a bicos para criar o filho. Como não entende bulhufas de computador, é Vicente (Max Lima), o filho e fã de Jonas Marra, quem a socorre.
Herval, vivido por Ricardo Tozzi, já deu mostras de que será uma pedra no caminho de Jonas Marra. Talvez ele vá mostrar que a tão afamada tecnologia que se propaga mundo afora não está tão acessível a todos como dizem. Por aqui, Jonas também se confrontará com seu passado, já que é brigado com a mãe, Gláucia Marra (Renata Sorrah), que só apareceu de relance no primeiro capítulo. A matriarca dos Marra pretende cobrar seu quinhão na fortuna do filho.
No mais, 'Geração Brasil' vem com um elenco veterano de peso, nomes jovens que podem render um bom trabalho e um tema que não sai da ordem do dia. Muitas abordagens, com humor na veia e drama na medida, não escapam de estereótipos, é verdade, como a patricinha Megan, que a própria atriz já admitiu, é inspirada na “bad girl” Lindsay Lohan, atriz norte-americana que é mais conhecida pela sua vida dedicada às drogas e clínicas de reabilitação do que aos papéis que já se tornaram escassos em sua carreira.
O primeiro capítulo, como era esperado, veio bem tratado, com detalhes riquíssimos de efeitos especiais. Pena que se perderá um pouco no desenrolar da novela, como já vimos em outros casos.
O ritmo de série americana parece mesmo o preferido de nove entre 10 diretores de telenovelas. A exceção hoje, talvez, é 'Em família' e seu ritmo lento, conduzida por Jayme Monjardim. Quem comanda o núcleo de 'Geração Brasil' é Denise Saraceni. Outro ponto a destacar são as locações, que foram da Califórnia ao Rio de Janeiro, se detendo em Recife. É sempre bom ir além do manjado eixo Rio – São Paulo.
A abertura de 'Geração Brasil' é um chamarisco e tanto. Embalada pela música 'País do futebol', que uniu MC Guimê e Emicida, traduz o que o telespectador pode esperar. Uma coisa já está clara: ao contrário da ousadia de 'Além do horizonte' de fugir do padrão do horário e apostar em ação, suspense e mistério, o que não foi bem aceito pelo público, a nova trama finca pé no tradicional. Mas no pique da tecnologia de nossos dias.
Com ele, a família americana, formada pela mulher, a estrela de cinema Pamela Parker, vivida pela excelente Cláudia Abreu, e a filha Megan Lily, a patricinha inconsequente de Isabelle Drummond, mais uma vez perfeita no papel. Do clã ainda fazem parte Jack Parker, personagem de Luís Carlos Miele, pai de Pamela, a amiga do peito Dorothy (Luís Miranda) e o filho, o guru Brian Roberto, já candidato a melhor da trama, nas mãos de Lázaro Ramos. O núcleo inteiro, que vive na Califórnia (EUA), é um deleite, embora o sotaque mesclando português e inglês às vezes doa em nossos ouvidos.
Vale destacar que Pamela Parker, apesar do estilo e comportamento espalhafatosos, em nada lembra a cantora Chayene de 'Cheias de charme' (Globo), dos mesmos autores. Pamela, que ficou famosa com uma personagem exótica, a princesa Shelda, uma espécie de She-Ra, já está um tanto passada para o papel, mas sobrevive da fama que ele lhe deu. No entanto, é a esposa amorosa e dedicada da grande sumidade que é Jonas Marra, cujo poder os acionistas da empresa milionária de informática querem reduzir. E aí, novo gancho da novela dá conta de que existe um segredo que o move e que o trará de volta ao Brasil, país para o qual jurou nunca mais voltar.
Aqui em terras brasileiras, todos querem ser Jonas Marra. Quer dizer, os jovens ligados em tecnologia. Gente como Davi Reis (Humberto Carrão) e Manuela Yanes (Chandelly Braz), que estão na disputa para entrar na empresa do ídolo, mas ainda não se conhecem, embora, já se saiba, vão se apaixonar. Um detalhe – já começaram a aparecer – levantou uma dúvida: o pai de Manuela, Frederico Yanes, que foi preso no primeiro capítulo, terá alguma ligação com o segredo de Jonas Marra?. É ver para saber. Outra personagem que deve render bons momentos é Verônica, de Taís Araújo. Ela é uma jornalista decidida a retomar a profissão depois de algum tempo se dedicando a bicos para criar o filho. Como não entende bulhufas de computador, é Vicente (Max Lima), o filho e fã de Jonas Marra, quem a socorre.
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No mais, 'Geração Brasil' vem com um elenco veterano de peso, nomes jovens que podem render um bom trabalho e um tema que não sai da ordem do dia. Muitas abordagens, com humor na veia e drama na medida, não escapam de estereótipos, é verdade, como a patricinha Megan, que a própria atriz já admitiu, é inspirada na “bad girl” Lindsay Lohan, atriz norte-americana que é mais conhecida pela sua vida dedicada às drogas e clínicas de reabilitação do que aos papéis que já se tornaram escassos em sua carreira.
O primeiro capítulo, como era esperado, veio bem tratado, com detalhes riquíssimos de efeitos especiais. Pena que se perderá um pouco no desenrolar da novela, como já vimos em outros casos.
O ritmo de série americana parece mesmo o preferido de nove entre 10 diretores de telenovelas. A exceção hoje, talvez, é 'Em família' e seu ritmo lento, conduzida por Jayme Monjardim. Quem comanda o núcleo de 'Geração Brasil' é Denise Saraceni. Outro ponto a destacar são as locações, que foram da Califórnia ao Rio de Janeiro, se detendo em Recife. É sempre bom ir além do manjado eixo Rio – São Paulo.
A abertura de 'Geração Brasil' é um chamarisco e tanto. Embalada pela música 'País do futebol', que uniu MC Guimê e Emicida, traduz o que o telespectador pode esperar. Uma coisa já está clara: ao contrário da ousadia de 'Além do horizonte' de fugir do padrão do horário e apostar em ação, suspense e mistério, o que não foi bem aceito pelo público, a nova trama finca pé no tradicional. Mas no pique da tecnologia de nossos dias.