Michael Jackson disse pouco antes de morrer que os promotores da AEG Live iriam "matá-lo" em meio à maratona de shows à qual estava submetido, testemunhou o filho do cantor, Prince, de 16 anos, nesta quarta-feira, 26. O adolescente relatou as cenas dolorosas do dia em que seu pai morreu, em 25 de junho de 2009, relembrando como sua irmã caçula, Paris, "gritava", enquanto o doutor Conrad Murray tentava reanimar Michael.
"Ele queria apenas ter tido mais tempo para os ensaios", contou Prince no julgamento em que sua família processa a produtora AEG Live por negligência. Prince disse que Michael ficou "muitas vezes" chateado no telefone e, na maioria delas, com o diretor da AEG Live, Randy Phillips. "Ele chorava às vezes. Ele dizia: 'Eles vão me matar, eles vão me matar'", afirmou Prince, referindo-se ao "pessoal na AEG, a Randy Phillips".
Prince Jackson, a testemunha mais importante a comparecer no tribunal desde que o processo civil teve início no final de abril, lembrou de outros momentos da fatídica data. "Eu estava embaixo, na sala de estar. Ouvi gritos lá em cima. Vi o doutor Conrad, (o chef) Kai (Chase) parecia nervoso e disse: 'Dr. Murray quer você lá em cima'. Corri e vi o dr. Murray fazendo CPR (sigla em inglês que significa ressuscitação cardiorrespiratória). Dr. Murray estava gritando, enquanto fazia CPR. Então, minha irmã subiu. Ela ficava gritando o tempo todo, dizendo que queria o pai dela", completou.
Em um carro logo atrás, ele e Paris acompanharam a ambulância que levava seu pai. "Meu pai sempre nos disse que os anjos estavam cuidando dele", contou. No hospital, "o doutor Murray disse 'desculpem, garotos, seu pai morreu'. Nós apenas choramos", disse Prince ao júri.