Mexerico

'Agora é tarde' dará mais espaço para novos talentos

Danilo Gentili quer encontrar novo humorista para o 'Zorra total', humorístico da Globo

Agência Estado

Em nova temporada do seu programa, Danilo Gentili quer encontrar humorista para a concorrência
A conversa vai ficar de lado na nova temporada do talk show 'Agora é tarde'. Apesar de continuar a receber convidados para bater papo, Danilo Gentili dará mais espaço para novos talentos no programa, que volta à grade da Band na madrugada de terça para quarta, à 0h45. Desta vez, o humorista quer até encontrar um novo comediante para o qual, ele promete, ajudará a conseguir uma vaga no 'Zorra total', da concorrente.


“Eu e o Alex, chefe de roteiro, ficávamos inventando bordões do Zorra nos bastidores. A princípio, pensamos em fazer os esquetes. Mas a ideia evoluiu. Se você tem vontade de trabalhar lá, compre uma peruca, invente um bordão e venha ao programa. Eu me comprometo com a equipe a localizar o (diretor Maurício) Sherman. Vamos insistir para ele contratar o cara com o vídeo”, avisa. Uma vez por semana, um candidato terá a chance. “Vamos fazer uma entrevista rápida. Toda quinta, a pessoa ficará no estúdio. Quando ela sentir que tem a deixa, vai olhar para a câmera e falar o bordão. Depois de alguns meses, vamos pegar o melhor.”

Entre as novidades está o quadro em que pessoas terão um minuto para fazer performances. “Vamos entrevistar qualquer pessoa com talento bizarro ou inútil”, adianta. O elenco da atração terá novas funções. Marcelo Mansfield fará o Mansfield Broadway, em que falará sobre teatro. Até a assistente de palco Juliana Oliveira fará reportagens na rua. “Não tenho problema de os outros aparecerem. O programa é de todo mundo”, defende.

Um pouco travado nas primeiras entrevistas, em 2011, Danilo Gentili diz agora saber dar o tom ao fazer graça. “Meu humor tem de ser adaptado todos os dias para cada convidado. Nunca deixei de fazer piada. O que mudou é como eu faço. Com o convidado aberto, faço de maneira escrachada. Com o mais formal, não deixo de fazer, mas adapto para a realidade dele. O cara tem de se sentir confortável”, justifica.

O paulista de Santo André se considera menos chapa-branca do que concorrentes como o 'Programa do Jô'. “Temos piadas do dia e damos nome aos bois, não tem esse negócio de não falar para não descer ao nível da pessoa. Nos show business americano, todo mundo fala mal de todo mundo, mas sabe que é show business. Aqui, as pessoas ficam melindradas.”

Com a audiência consolidada de 4 pontos no Ibope (cada ponto equivale a 62 mil domicílios), o que tem garantido a longevidade do programa, o humorista afirma que a vida da produção ficou mais tranquila para levar os entrevistados. “Hoje, a gravadora liga, o artista liga para vir. Da Globo, é mais difícil. Fiz um filme com o Bruno Gagliasso. Ele disse que adoraria vir, mas acha que a Globo não libera. Eu sou muito solícito quando o outro canal pede que eu vá. Isso enriquece a TV. Na TV americana o Conan O’Brien entrevistou o David Letterman. Eles são concorrentes não só de emissora, mas também de horário. Como fã, é o que acho mais legal.”