Na lista estão filmes produzidos nas décadas de 1960 e 1970, em versões remasterizadas, sendo quatro inéditos na televisão. "Eles passaram por esse processo de remasterização por causa dos novos padrões de qualidade. Entre eles estão filmes com menos exposição", explica Crounel Marins, filho de José Mojica Marins, intérprete de Zé do Caixão.
Entre os longas que será exibidos na mostra estão produções como rostos conhecidos do cinema nacional na época em que estiveram em cartaz, como 'Exorcismo negro' (1974), que tem Alcione Mazzeo e Joffre Soares, e 'A estranha hospedaria dos prazeres' (1976), com Jards Macalé.
Apesar de terem feito sucesso no Brasil há décadas, uma leva de filmes do personagem foi selecionada para uma caixa de DVDs que será lançada na Itália ainda este ano. "Tenho mais prestígio lá fora do que aqui", reclama Mojica, que terá uma biografia lançada nos Estados Unidos.
O cineasta e ator também planeja contar sua história de vida nos cinemas. "Estão terminando o roteiro. Será ficção com depoimentos. Devo ser interpretado pelo Matheus Nachtergaele", revela à reportagem. Como parte dos personagens reais já morreu, serão aproveitados relatos gravados que o artista tem em seu acervo.
O diretor lamenta que o gênero do terror não progrediu no Brasil. "Há cinco anos, anunciei que queria um sucessor. Mas não surgiu ninguém. Os caras só querem saber da aparência, não tem ninguém com mente aberta, ninguém consegue improvisar nada", afirma. Mojica diz ainda que é difícil exibir suas produções nas salas do País. "Os filmes só vão para festivais. No cinema (de circuito comercial), tem o povão e as pessoas que assistem ao meu programa", explica ele, que comanda 'O estranho mundo de Zé do Caixão', no Canal Brasil.