A mais recente adaptação dos contos de fadas chega à TV sem “nada de novo no front”. Em Beauty and the beast, produzida nos Estados Unidos pela Warner e exibida a partir desta segunda-feira no Brasil pelo Universal Channel, déjà vu é mais que uma sensação. E não pela animação da Disney indicada ao Oscar em 1991 nem pelo roteiro ter sido levado à televisão em 1987, por Ron Koslow, com Linda Hamilton como a mocinha. É só lembrar da profusão de remakes que Nikita, filme original de Luc Besson, dos anos 1990, rendeu para a TV. Todos, ao seu modo, instigantes. Sentimento que está fora de questão na refilmagem que estreia às 21h. Talvez a culpa seja do gosto comum, que anda cada vez mais sombrio, a julgar pelos demais contos e romances interespécies do mercado. A detetive Catherine Chandler da vez é Kristin Kreuk (a Lana Lane, de Smallville), que se apaixona pelo mutante - meio homem meio leão - Vincent Keller (Jay Ryan). A atriz protagonista - com sua perfeita carinha de anjo - fortalece a sensação de que tudo é doce e fácil de engolir - das situações mais corriqueiras até esse amor que surgiu tão logo a moça reencontrou o ex-médico militar que a salvou na adolescência e de quem só viu um pedacinho do rosto. É que dois homens assassinam a mãe de Catherine à queima roupa e ela, ainda jovem, se esconde em uma mata (bem seguro), onde (grogue) é ajudada por um animal que parece um homem e some sem deixar pistas (para quem tem dúvidas, esse é Keller). Dez anos depois, a policial investiga uma morte quando uma amostra de DNA aponta para o mutante, que era dado como morto em serviço no Afeganistão. Claro que a policial aceita proteger Vincent, em troca de ajuda para desvendar a morte da mãe. É melhor ficar com o clássico da Disney!