Celebrado anualmente em 13 de maio, o Dia Nacional do Chef de Cozinha homenageia os profissionais da área. Apesar do glamour em torno dos mestres da gastronomia de todo o mundo, ser chef vai muito além de mostrar em cada prato talento e vocação.
A profissão exige organização, competência, higiene, espírito de equipe, técnicas, e conhecimento sobre todos os processos realizados.
O chef tem de planejar e coordenar o trabalho de desenvolvimento dos pratos, elaborar cardápios, executar qualquer etapa de produção, supervisionar a qualidade do que está sendo feito, tanto em termos de sabor quanto de apresentação, além de acompanhar estoque de produtos, reabastecimento e conservação dos mesmos.
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"A data é especial para todos nós que, através da comida, conseguimos trazer mais sabor à vida das pessoas. A gastronomia, no meu caso, principalmente a mediterrânea, surgiu como uma grande inspiração logo no início da carreira, e solucionou um problema que eu tinha com a minha rotina alimentar: conseguir incluir pratos que fossem saudáveis e ao mesmo tempo saborosos.
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Trajetória
Formado em Direito, a carreira de Caputo na gastronomia surgiu quando ele decidiu combater o excesso de peso e percebeu que não conseguiria seguir a dieta prescrita pela nutricionista se não pudesse ter prazer em sua rotina alimentar. "Comecei a pegar os ingredientes presentes nas dietas que ela me passava e criar refeições que eu gostava de comer", explica.
Sempre ativo no meio digital, Caputo começou a postar essas refeições e receitas, seus amigos e círculo de convivência se interessaram e começaram a pedir aulas e jantares nessa linha de alimentação.
A partir daí, para o hobby se tornar uma paixão foi um pulo, e foi aí que ele decidiu passar uma temporada fora do Brasil estudando gastronomia. Passou pelo Instituto Matthew Kenney Culinary, em Los Angeles, e ganhou experiência cozinhando em restaurantes como o Soho House em Malibu e no AbcV, do chef Jean Georges Vongerichten.
Em casa
De volta ao Brasil, Caputo já contava com uma grande quantidade de seguidores que acompanhavam e se interessavam por seu trabalho. A origem na gastronomia saudável acabou se encontrando com a gastronomia mediterrânea, que se tornou o grande foco e paixão de sua carreira. "A comida mediterrânea é uma comida fresca, colorida, cheia de condimentos, texturas, nutrientes, é a comida saudável em sua versão mais saborosa", diz.
Desde o seu retorno, o chef vem trabalhando com uma proposta de cozinha saudável, moderna, descomplicada e fora do usual.
Seus seguidores podem conhecer um pouco mais da sua paixão gastronômica, e encontram receitas saudáveis, macetes culinários para o dia a dia e indicações de produtos funcionais, sempre com foco em pessoas comuns que gostam de cozinhar e querem trazer, pra dentro de casa, pratos com toque de chef.
Além de chef, Caputo cria negócios, projetos e receitas. Um desses projetos foi criado durante a pandemia. Caputo vivia em ponte aérea lecionando Brasil afora. Com a história de tudo ter de fechar de repente, com o intuito de conter a propagação do coronavírus, alguns sonhos que estavam apenas no papel tomaram formas reais.
Empreendimentos
Foi assim que nasceu a Escola do Caputo, a primeira escola de culinária do Instagram, que ainda em sua primeira edição conseguiu reunir 1,5 mil alunos sob o mesmo propósito: desbravar a cozinha com novas experiências, sabores e criatividade, sem medo, sem ingredientes mirabolantes ou técnicas difíceis.
Com o boom das transmissões ao vivo pela rede social e o projeto da Escola do Caputo passando por ajustes finais, Felipe Caputo apresentou, em forma de live, uma amostra do que estava por vir numa conta fechada da rede social. Tinham acesso os inscritos, cerca de 700 alunos que acompanharam o passo a passo de receitas para fazer em casa.
A partir daí, a Escola do Caputo ganhou forças.
Os alunos podem acompanhar o preparo de receitas, as recebem por escrito por e-mail depois, no formato de e-book. O projeto já teve outras duas edições - a última começou no início de abril de 2021.