
Um dos mais tradicionais restaurantes de Belo Horizonte, o Vecchio Sogno, fundado há 25 anos pelo chef Ivo Faria, anunciou nesta terça (19/1) o fechamento de suas portas. Por meio de comunicado, o restaurante afirmou que a “instabilidade econômica” foi o fator que gerou o fim.
“O chef não responsabiliza nenhuma instituição, governo ou entidade, mas entende que o momento não é propício para a continuidade do negócio uma vez que o alto custo de manutenção do estabelecimento, que emprega 60 pessoas incluindo chefs de cozinha, cozinheiros e ajudantes de cozinha, confeiteiros, garçons, maîtres, sommeliers, profissionais de limpeza, administrativo, financeiro, além de estagiários”, diz a nota.
Para encerrar suas atividades, o Vecchio Sogno vai promover no sábado (23/1) um jantar de despedida. O último menu em casa terá pratos clássicos do restaurante, como filet em crosta ao molho de Merlot e castanhas do Brasil com risoto Dell Cacciatore e codorna em andares de acelga, fonduta e panceta com risoto Dell Cacciatore.
Ainda que de portas fechadas, Faria afirma, por meio do comunicado, que há projetos em vista em parceria com investidores. Assim que possível eles serão anunciados. A nota destaca os feitos do restaurante, desde sua inauguração uma referência da gastronomia mineira.
“Inaugurado no dia 12 de junho de 1995 pelos chefs Ivo Faria e Memmo Biadi, o Vecchio Sogno seguiu sob o comando de Ivo após o fim da sociedade da dupla(que durou até 2001) e se consolidou como como um dos restaurantes mais criativos e sofisticados de Belo Horizonte. O histórico de prêmios conquistados ao longo de todos esses anos elucida a trajetória marcada pelo sucesso e pela assinatura de uma gastronomia rica, autoral e muito respeitada. Passaram pela cozinha do Vecchio Sogno centenas de cozinheiros que hoje se encontram em estabelecimentos renomados, tanto no Brasil quanto no exterior, contribuindo para a formação de diversos profissionais.”
Em julho, em entrevista ao Estado de Minas, Faria afirmou que em 50 anos de cozinha nunca havia vivido uma dificuldade como a acarretada pela pandemia. “Não consigo ver futuro”, disse ele naquela época.