Mais um bar fechou as portas em Belo Horizonte em função da pandemia do novo coronavírus. Nessa terça-feira (5/1), o bar Jângal, que funcionou durante sete anos no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul, anunciou o fim de suas atividades de forma temporária.
O bar era famoso por seu ambiente rústico com plantas, grafites e material reciclado/reaproveitado, como botinas, garrafas de vidro e paletes e por abrigar DJs, bandas de rock, blues e show de samba.
"A ideia não é o encerramento permanente", garantiu João Paulo Rocha Brant, um dos sócios do estabelecimento.
Segundo ele, "as coisas começaram a não dar tão certo" a partir do decreto que suspendeu a permissão do consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e afins, em vigor desde 7/12.
Segundo ele, "as coisas começaram a não dar tão certo" a partir do decreto que suspendeu a permissão do consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e afins, em vigor desde 7/12.
"Tentamos outro formato e servimos almoço no local. Também nos esforçamos com o delivery, mas a ideia não é essa. Não era a alma do Jângal", resumiu.
Os proprietários também comunicaram o fechamento por meio das redes sociais.
Na publicação, internautas lamentaram o fim das atividades e pediram a volta do estabelecimento em breve.
"Que tristeza! O Jângal é o meu lugar preferido para sair em BH. Espero que seja um até logo e que vocês voltem em breve!", disse uma seguidora.
"Ah não gente! Eu sinto muito, por favor, voltem quando puderem!", comentou outra.
Novo decreto
Conforme o que foi decidido pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus nessa quarta-feira (6/1), Belo Horizonte passará a ter apenas os serviços essenciais em funcionamento a partir da semana que vem. A medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) para frear a expansão da doença, que, nos últimos dias, atingiu proporções preocupantes.
Com a decisão, bares e restaurantes poderão funcionar somente com serviço de delivery.
Desde o primeiro decreto, que suspendeu a permissão do consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e afins, proprietários de bares e restaurantes de BH afirmaram que mais de 14 mil estabelecimentos foram prejudicados.
Eles também argumentaram que mais de 75 mil famílias ficarão sem emprego e que músicos e equipes serão afetados, assim como fornecedores.