Montar um restaurante sempre foi o desejo da historiadora e chef Juliana Duarte. Sonho realizado no recém-inaugurado Cozinha Santo Antônio, que oferece pratos ligados tanto a raízes mineiras quanto à culinária de outros países.
“Tudo foi feito com muito cuidado. Não é uma coisa sofisticada nem alta gastronomia, mas cozinha afetiva, amorosa, com muito pé no chão. Comida boa do mundo feita em Minas Gerais. Temos ligação com as raízes da gastronomia de nosso estado, mas o Cozinha Santo Antônio não é um restaurante de comida mineira”, esclarece Juliana.
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A chef diz que trabalha apenas com produtos orgânicos. “Temos um cardápio sazonal, bem em função do que vai chegar pra mim dos produtores. Mas o almoço não tem cardápio fechado”, diz Juliana. Servido diariamente, o almoço executivo custa R$ 25.
À tarde, são servidos cafés e merendas – pão na chapa, misto e sanduíche de pastrami, entre outras opções. “À noite, com serviço a la carte, temos aperitivos de entrada e também pratos principais. Caso a pessoa queira vir aqui tomar um vinho, não há problema. O Cozinha Santo Antônio é um lugar onde as pessoas podem vir e não jantar. Porém, não é exatamente um bar, mas um restaurante mesmo.”
A chef destaca o espaço da cozinha nesta nova casa. “Sempre falei que quando fosse abrir, a primeira coisa que gostaria de ter era a cozinha. O gosto de cozinhar está em compartilhar com alguém aquilo que você fez. Foi daí que nasceu o nosso restaurante. Tenho forte relação com a gastronomia, sempre gostei muito de cozinhar”, revela.
O cardápio da Cozinha Santo Antônio é variado, oferecendo pratos com influências francesa e do Oriente Médio. “Porém, todos têm a pegada das minhas raízes mineiras. É cozinha do mundo cheia de mineirice”, resume Juliana.
A historiadora começou a cozinhar em feiras. “Depois, formei-me em gastronomia e resolvi montar o meu restaurante. Agora vou fazer mestrado na UFMG, meu projeto é um estudo sobre a identidade da gastronomia mineira.”
JACUBA
O respeito dela pelas raízes de Minas inspirou o cardápio. “Temos um prato que se chama Jacuba Moderna. Jacuba é comida muito tradicional, da época dos tropeiros. É comida de trabalho, vamos dizer assim, feita com bochecha de porco e fubá suado”, explica Juliana.
A chef destaca a carta de vinhos nacionais e importados (a partir de R$ 80 a garrafa), mas avisa que também trabalha com taça. “Essa carta foi muito bem feita pelo jornalista Luiz Horta, um dos maiores críticos de vinho do país”, lembra. Cervejas artesanais, drinques, sucos e refrigerantes também são oferecidos.
Juliana montou uma equipe para trabalhar com ela. Marcos Monteiro, professor da UNA e do Senac, é o chef consultor. Leandro Robert é subchef durante o turno da noite.
A proposta do Cozinha Santo Antônio é oferecer o aconchego mineiro. “Queremos que todos se sintam muito à vontade”, diz ela. A decoração foi “garimpada” pela chef. “Saí procurando por Minas Gerais. Tudo o que está lá dentro tem uma história, dos pratos às cadeiras.”
O projeto arquitetônico, assinado por Isabela Vecci, buscou valorizar o imóvel antigo. “Tiramos as lajotas, descascamos as paredes, retomamos o piso original, um ladrilho hidráulico lindo”, conta. A casa pode receber 40 pessoas.
O cardápio traz Pudim de Porco, barriga de porco com crosta de pain d'épices, pipoca de canjiquinha e molho de Caracu (R$ 55); Ponto da Casa, bife de boi grelhado com cebolas caramelizadas, legumes e farofa do dia (R$ 65); De Outro Mundo, tajine de cordeiro com especiarias, ameixas-pretas, amêndoas e cuscuz (R$ 60); e Mineirice, frango, angu de milho, quiabo tostado e ora-pro-nóbis (R$ 50).
Para “distrair”, Juliana sugere o Santa Maria do Itabira (R$ 25), “panelinha com ovinho”, segundo ela, e Jerusalém, húmus de grão-de-bico e cenoura, conserva de berinjela e especiarias (R$ 30). “Outra boa pedida é o Terrine, o paté de campagne da Ju”, diz. O preço é R$ 25.
Para “distrair”, Juliana sugere o Santa Maria do Itabira (R$ 25), “panelinha com ovinho”, segundo ela, e Jerusalém, húmus de grão-de-bico e cenoura, conserva de berinjela e especiarias (R$ 30). “Outra boa pedida é o Terrine, o paté de campagne da Ju”, diz. O preço é R$ 25.
Entre as sobremesas, destacam-se o pudim de leite com laranja e puxiri e a Lagoinha, goiabada mole com creme de queijo. Ambas custam R$ 10.
COZINHA SANTO ANTÔNIO
Rua Santo Antônio do Monte, 153, Bairro Santo Antônio, (31) 99239-2262. Abre de quarta a sexta-feira, das 12h à meia-noite, e sábado, das 12h às 20h.