Comida boa, farta e barata. Essa é a pedida do Festival Baixa Gastronomia, que mobiliza 20 bares e restaurantes da capital mineira. No fim de semana, os participantes se reunirão no evento Mexidão do Baixa, em Santa Tereza.
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Ele cita o exemplo do renomado chef Léo Paixão. Desde o início do ano, ele comanda o Nicolau Bar da Esquina, no Horto, cuja cozinha segue a tradição mineira. Informalidade e preços em conta são a receita do Bar Zé Trindade, aberto pelo chef Fred Trindade, no São Bento.
“Tenho a impressão de que profissionais da alta gastronomia estão apostando, cada vez mais, em uma cozinha descontraída, menos formal, com pegada de boteco”, afirma Nenel.
EM CONTA O preço foi um dos critérios principais para selecionar os participantes do festival, cujos pratos custam de R$ 4 a R$ 22. O mais caro é o que dá nome ao Tropeiro do 13, bar instalado no Planalto. Classificado como “o mais famoso tropeirão do Mineirão”, leva arroz, torresmo, ovo frito, bife de porco, couve e molho de tomate, além, claro, do feijão-tropeiro (R$ 17, de segunda a sexta; R$ 22, aos sábados e feriados).
Por sua vez, o Caná Cantinho do Céu, no Colégio Batista, oferece a pedida mais barata: pãozinho de batata recheado com queijo canastra (R$ 4 a unidade).
“Fiz questão de que o cardápio tivesse torresmo, pastel e churrasquinho, clássicos da gastronomia popular. Assim como o tropeiro, são iguarias sempre presentes na porta dos estádios de futebol”, observa Nenel.
O Rei do Torresmo, no Mercado Central, marca presença com torresmo de barriga finalizado na chapa com jiló e cebola (R$ 20 a porção). Já A Crise Bar e Pastelaria, no Prado, oferece pastel vegetariano com muçarela, tomate, cebola, azeitona, milho, palmito e orégano (R$ 6). O Churrasquinhos do Luizinho, também no Prado, apresenta seu espetinho de miolo de alcatra com bacon (R$ 7,50).
DIVERSIDADE Representando os izakayas, típicos botecos japoneses, o Dona Tomoko, no Bairro do Carmo, prepara o tonkatsu – lombo de porco empanado à moda japonesa (R$ 15 a porção). “Essa casa saiu do clichê do peixe cru, até porque comida japonesa não é só isso”, explica Nenel. A culinária árabe marca presença com o quibe frito (R$ 5 a unidade) do Empório Abadala, no Bairro Cidade Nova.
“Não queríamos só botecos tradicionais entre os participantes. A ideia é democratizar, dando espaço também para lanchonetes, carrinhos de rua e cozinhas diversas”, explica Nenel. Clássicos de boteco à moda brasileira não ficaram de fora. Do Mercadinho Bicalho, de Santa Tereza, vêm as duas almôndegas ao molho cobertas com queijo (R$ 18 a porção). O caldo de mocotó do Nonô, casa no Centro de BH, custa R$ 10 (unidade).
Há também sanduíches: do falafel do Sítio Sírio, na Savassi (R$ 10,90, pequeno; R$ 18,90, grande), ao Nissão egg bacon, do Nissão Burgers, que leva hambúrguer bovino, bacon, queijo prato, ovo, batata palha, tomate e molho especial (R$ 13,95 a unidade).
Vários artistas vão se apresentar durante o Mexidão do Baixa: Zé da Guiomar, Cromossomo Africano, Pequena Morte e Orquestra Mineira de Brega (sábado); DaParte, Choro do Jura, Manteigada e Thiago Delegado Trio (domingo).
MEXIDÃO DO BAIXA
Sábado (15) e domingo (16), das 12h às 22h. Villa Albertini. Rua Cristal, 137, Santa Tereza. R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 10 (mediante doação de 1kg de alimento não perecível, exceto fubá e sal). Ingressos à venda pelo site Sympla. Cada estabelecimento participa de apenas um dia do evento deste fim de semana. Os preços de todos os pratos terão ajuste de 20% durante o Mexidão do Baixa. Informações: www.festivalbaixagastronomia.com.