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Vale do Sereno e Seis pistas atraem novos restaurantes e bares

Para quem mora ou trabalha no Vale do Sereno, bairro de Nova Lima colado em BH, o crescimento da oferta de bares e restaurantes não é novidade. Afinal de contas, o entretenimento chegou junto do boom imobiliário do Vetor Sul, com seus arranha-céus e condomínios residenciais. Porém, o visitante se surpreende ao deparar com um point totalmente reconfigurado, cheio de novas casas especializadas em tudo o que há – de coxinha à comida japonesa.

 

Chef Djalma Victor comanda a nova unidade do OssO - Foto: Túlio Santos/EM/D.A Press

 

Em um passeio pela Alameda Oscar Niemeyer, é difícil listar tantas opções. Entre as mais recentes está a tap house da cervejaria Capa Preta, onde o freguês carrega o cartão de consumo e prova o chope diretamente da torneira. A poucos passos dali fica o restaurante oriental Mayu, que trocou o Sion pelo movimentado calçadão gastronômico do Vale do Sereno.

 

A mudança de endereço também seduziu o italiano Barolio, que funcionou por anos na Pampulha e agora “subiu” a Serra do Curral. Já os sócios do restaurante OssO decidiram levar a segunda unidade da casa para a região, apostando no espaço com 600 metros quadrados. Escolheram a dedo a localização: o segundo andar do Serena Mall, com varanda ao ar livre e vista panorâmica do vale – com direito ao mar de montanhas durante o dia e ao pipocar de luzes quando anoitece.

Passarela gourmet

A maioria dos bares e restaurantes abre de terça-feira a domingo. O movimento é constante, com casas cheias e eventuais filas de espera a partir de quinta-feira.
“Inauguramos o Barolio em maio e os resultados superaram nossas expectativas”, afirma Mateus Hermeto, um dos sócios do chef Carlo Caredda no restaurante italiano que migrou da Avenida Fleming, na Pampulha, para o calçadão gastronômico do Vetor Sul. “A área se consagrou como novo point gourmet, atraindo tanto moradores quanto o visitante interessado em boa mesa e em diversão”, explica Hermeto.

 

Vale do Sereno e Seis Pistas atraem novos restaurantes e bares, como a cervejaria Capa Preta, onde o cliente serve o próprio chope diretamente da torneira (foto) - Foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press


Com perfil intimista e capacidade para 70 pessoas, o Barolio tem como carro-chefe a pizza napolitana de massa fermentada, assada em forno 100% a lenha, com temperaturas acima de 350 graus. São 15 sabores da redonda em tamanho único (quatro fatias em média), cujo preço varia de R$ 42 (marguerita) a R$ 62 (amalfitana, com muçarela de búfula, queijos brie e parmesão, cogumelos e parma). Entre as entradas há a focaccia de parma, rúcula e parmesão (R$ 28) e o prosciutto, mozzarella e tonno (atum em conserva), R$ 49. Outras opções são os risotos – o de camarões, lulas, mexilhões e vôngoles custa R$ 86 – e pastas como a aragosta alla napoletana, meia lagosta acompanhada de espaguete grano duro (R$ 99). O restaurante oferece drinques e carta de vinhos com cerca de 50 rótulos. A taça da casa, um Montupulciano da região de D’Abruzzo, custa R$ 16 (branco, tinto ou rosé).

FUSION

Também de sotaque estrangeiro, o Mayu, especializado em cozinha fusion e oriental, chegou à Alameda Oscar Niemeyer em abril, depois de funcionar por 10 anos no Sion.

“O desempenho na Vila da Serra tem sido extraordinário, muito pelo fato de estarmos em um local privilegiado, considerado pelo público o calçadão mais charmoso da cidade”, diz Júlio Macedo, sócio de Lucas Parreiras no empreendimento.
A casa ganhou fama pelo ceviche, além das peças especiais de sushi e sashimi, com destaque para o trufado e o de vieira com foie gras. O teppan de camarão e legumes custa R$ 69. Outra opção é o combinado Mayu, mix de peças especiais montado pelo chef Ernandes Vieira de acordo com a sazonalidade de ingredientes (R$ 105).

Tap house à mineira

A cervejaria Capa Preta levou o novidadeiro conceito da tap house para a Vila da Serra. “A origem remete às brew houses, estabelecimentos em que o fabricante produz e serve chope de uma ou várias marcas em ambiente geralmente despojado, com identidade semelhante à das fábricas”, explica Lucas Godinho de Souza, idealizador da marca. Ele é sócio de Liliana Godinho, André Moreira Bastos e Carlos Rodriguez no empreendimento.


Depois de testar o modelo no Rio de Janeiro, a cervejaria de Nova Lima, que produz 21 mil litros por mês, abriu as portas na Oscar Niemeyer em março. Entre os diferenciais do projeto, Lucas destaca o autoatendimento. “Queremos que o público se sinta em casa. O cliente escolhe o chope, na quantidade que quiser.

A ideia é experimentar as várias opções disponíveis nas biqueiras”, explica. Entre as opções estão clássicos da marca: a Melon Collie IPA e a English Pale Ale
(R$ 3,60/100 ml), além da Euphoria Juice (R$ 4,80/100ml).
No cardápio de comes, o burguer reúne pão brioche, blend da casa, queijo canastra curado, bacon crocante e cebola caramelizada no balsâmico acompanhado de fritas (R$ 35). A porção de filé de tilápia marinado no limão, empanado no panko, vem com fritas (R$ 32). Faz sucesso a coxinha de rabada (R$ 26/10 unidades).

 

 

 

Ponto estratégico
Instalada na região há duas semanas, a nova unidade do restaurante OssO – Mind the Bones oferece cortes especiais assados na parrilla, além de tapas e pratos variados, inclusive à base de peixes e frutos do mar.


Os sócios são Kadu Fischbacher, Paulo Vasconcellos e o chef Djalma Victor. Vasconcellos conta que o projeto, assinado pelo arquiteto Gustavo Penna, levou um ano para ser concluído. “A escolha do ponto foi essencial. Queríamos trazer o OssO para a região e encontramos aqui, no começo da MG-30, a oportunidade de estar próximos do movimento do bairro, oferecendo também comodidade e segurança para o cliente”, diz, citando como “plus” o estacionamento coberto, além da vista panorâmica.


Uma das pedidas é o arroz meloso de polvo com castanha de baru (R$ 68). O cardápio traz várias opções de angus. O ossobuco inteiro, ou beef shank, serve duas pessoas e custa R$ 130. O tomahawk (prime rib com osso), conhecido como “a carne dos Flinstones”, custa R$ 160.

Também há cortes à base de black angus, wagyu, porco e frango.
Entre as entradinhas, destacam-se o miniosso kobe burger (quatro unidades de hambúrguer wagyu em miniatura, R$ 34) e o tartare de carne de sol com biscoito de limão, queijo coalho, cumaru e maionese de moranga (quatro unidades, R$ 39). A carta de vinhos reúne 100 rótulos.

 PROGRAME-SE

» BAROLIO
Alameda Oscar Niemeyer, 1.033, loja 4, Vila da Serra. (31) 3786-1359. Abre de terça a sexta-feira, das 18h à 0h; sábado, das 12h à 1h; e domingo, das 12h às 21h.

»  CAPA PRETA TAP HOUSE
Alameda Oscar Niemeyer, 975, Vila da Serra. (31) 3517-5525. Abre terça-feira, das 17h30 às 22h; de quarta a sexta, das 17h30 à 0h; sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 20h.
»  MAYU
Alameda Oscar Niemeyer, 975, Vila da Serra. (31) 3225-6644. Abre de terça a sexta-feira, das 18h à 0h30; sábado, domingo e feriados, das 12h à 0h30.

»  OSSO – MIND THE BONES
Shopping Serena Mall. MG-30, 8.625, Vale do Sereno. (31) 3694-2731.
Abre de terça a quinta-feira, das 17h45 à 0h30; sexta e sábado, das 11h45 à 1h; e domingo, das 12h às 18h.

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