Cervejas artesanais e beertails são destaques - Foto: Marcos Vieira/EM/D.A. PressA peculiar mistura de cultura com cerveja é a aposta da Growleria de Arte, inaugurada em março, na Savassi. A casa é administrada por remanescentes do coletivo Piranha, responsável pelo Bloco da Bicicletinha. Os 11 integrantes se reuniam semanalmente em encontros privados dedicados a performances artísticas, sempre regadas a chope. Quando os demais membros do grupo se dispersaram, os amigos André Buarque, Joca Corsino, Thiago Gazzinelli e Túlio Castanheira viraram sócios no novo negócio.

O espaço ocupado hoje é o mesmo que o grupo costumava usar em suas reuniões. “Antes, nosso projeto era fechado, mas resolvemos abrir as portas para que todos tivessem acesso. Também foi uma forma de oficializar o nosso trabalho, sair da informalidade”, conta Túlio. Na casa, é possível experimentar bebidas artesanais, todas de produção local. A arte fica por conta dos DJs e bandas convidados, com foco sempre na música autoral mineira.

 

“O repertório é bem variado, em todos os sentidos.

Não há regra, mas afrobeat, bossa nova e jazz aparecem com certa frequência. A música eletrônica é menos balada e mais experimental. Da cerveja aos artistas, nossa proposta é valorizar tudo o que é local, dar preferência ao que é daqui”, diz Túlio.

O espaço também é dedicado a exposições de artes visuais. As paredes recebem pinturas de artistas de BH, mas quase nada na Growleria é permanente. Logo os administradores pintam tudo de branco e abrem espaço para novas manifestações artísticas. Atualmente, o local recebe a exposição Adote seu monstrinho, de Raphael “Fumaça” Bravin.

TIRA-GOSTO O cardápio enxuto reúne petiscos criados para acompanhar as cervejas. Os sócios garantem que a casa não tem proposta vegetariana, mas nada no cardápio leva carne.

Faz sucesso o sanduíche de ciabatta, recheado com queijo canastra curado, tomate-cereja e molho pesto (R$ 12).

 

Há duas opções de minipizzas. A mar-querida leva mix de queijos (minas curado e muçarela), pingos de pesto, tomate e manjericão (R$ 10). Já o sabor cogu-mela traz mix de queijos, geleia de alho caramelizado, molho de tomate com molho inglês, cebolas caramelizadas com cerveja, queijo gorgonzola, shimeji e pimenta doce italiana (R$ 13).

Outras opções são as porções de azeitonas verdes (R$ 8) e de queijo fatiado (100g, canastra meia cura ou serro) acompanhado por molho pesto ou mel (R$ 10).

O espaço é equipado com oito torneiras de chope, que oferecem, cada uma, uma opção diferente de produção local. O cardápio de cervejas artesanais é geralmente mais extenso, com uma oferta de 15 a 20 rótulos. As marcas são alteradas toda semana e se dividem em três faixas de preço: de R$ 8 (300ml) a R$ 23 (1 litro); de R$ 12 (300ml) a R$ 30 (1 litro); e rótulos especiais, de R$ 18 (300ml) a R$ 42 (1 litro).

É possível comprar os growlers (recipientes de cerâmica que permitem ao cliente levar sua cerveja para casa) oficiais personalizados. Atualmente, o utensílio é customizado pelo artista plástico Alexandre Pericco, mas a ideia é mudar a ilustração a cada seis meses. Com capacidade para 2 litros de bebida, o growler custa R$ 130.

BEERTAILS A carta de drinques reúne adaptações de coquetéis tradicionais, que ganham novas versões criadas pelo sócio Thiago Gazzinelli. A ipa colada, inspirada na famosa piña colada, leva rum, limão, calda de coco, suco de abacaxi e cerveja india pale ale (R$ 15).

O miami weiss reúne rum e suco de maçã, limão e bitter de laranja, finalizado com cerveja Weiss (R$ 15).

Outra sugestão de Gazzinelli é o gin o’clock: gim com aperol, limão, calda de hibisco, água tônica e colarinho de cerveja indian pale ale especial (R$ 20). Nesta sexta-feira (4), o bartender Filipe Brasil é o convidado da casa.

GROWLERIA DE ARTE
Rua Sergipe, 629, Savassi. (31) 3261-2683. De quarta a sexta, das 18h à meia-noite; e sábado, das 16h à meia-noite.

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