Com olhar apurado para o que está acontecendo agora, nasceu o Jacinta, misto de cervejaria, restaurante, bar e café. Instalado no Santa Efigênia, um dos palcos do renascimento da Zona Leste, o espaço reúne gastronomia que valoriza ingredientes locais, carta generosa de cervejas artesanais e clima “mutante”. No início da noite, tem mais cara de bar; à medida que as horas se estendem, pode virar balada.
A iniciativa partiu do casal Keyla Monadjemi e Vinicius Resende – ela produtora cultural, ele assessor de imprensa. Quando moraram no Brooklyn, em Nova York, os dois descobriram os galpões cervejeiros que funcionam como espaços múltiplos.
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Do Meia Ponta só ficaram as paredes. Com projeto dos arquitetos Fernando Maculan e Joana Magalhães, o Jacinta traz um ambiente integrado (com pé-direito alto e telhado com entrada de luz natural), que pode mudar de acordo com o evento em cartaz. O projeto luminotécnico leva a assinatura de Pedro Pederneiras, diretor do Grupo Corpo.
A cozinha e o bar são abertos para o salão, que traz mesas e arquibancadas móveis. Elas podem ser retiradas rapidamente para o espaço receber uma festa ou um show.
O Jacinta funciona desde o início do ano, mas ainda está em fase de pré-inauguração. “Nossa expectativa é fazer uma grande festa na rua quando tudo estiver pronto”, comenta Vinicius. O mezanino, por exemplo, ainda está fechado ao público – em breve, vai receber mesas.
RÁDIO
Com preços convidativos e boa música – a cada noite há um DJ, convidado do projeto “Rádio Jacinta” –, o bar conta com 12 torneiras rotativas, com carta diversificada de cervejarias locais. O cervejeiro Reinaldo Barros fez a seleção dos rótulos, que incluem as marcas Ouropretana, Protótipo, Capa Preta e Botocudos, entre outras. Um quadro anuncia os chopes disponíveis no dia. Barros desenvolveu a receita própria da casa, a Jacinta amber lager (R$ 8 o halp pint, com 285ml; e R$ 13 o pint, com 473ml).
A eclética carta de drinques inclui bebidas da moda, como gim tônica (R$ 22, na versão tradicional, e o tropical, com uva e xarope de tangerina); sangria e clericot (R$ 18); aperol e negroni (R$ 20).
O cardápio, assinado pelo chef Guilherme Melo, privilegia pratos mais simples. “Estamos evitando a gourmetização”, comenta Vinicius. Da cozinha comandada por Samira Lyrio saem vários sanduíches. O de pernil, com cebola, queijo da Serra da Canastra, geleia de abacaxi e rúcula (R$ 25), é impecável. Dá para dividir, mas o ideal é comê-lo sozinho.
Entre os petiscos, um clássico da comida de boteco é a carne de panela (R$ 30), para duas pessoas, com tomates assados e mandioca cozida na manteiga de garrafa. O joelho de porco (R$ 78) serve quatro pessoas.
ALMOÇO
Quem preferir jantar ou almoçar (nos fins de semana, a casa abre ao meio-dia) pode pedir filé à parmegiana (R$ 72), empanado com farinha panco e parmesão, acompanhado de purê de batatas e molho de tomate.
Outras opções são o leitão assado desossado (R$ 68), com purê de maçã verde e rúcula, e o cupim ao molho de laranja (R$ 38), com mandioca em lascas ao leite de coco e farofa de castanha-de-caju. Para os vegetarianos há o prato de legumes assados com cogumelos (R$ 32).
Na entrada do Jacinta, um pequeno empório vende cafés e queijos, além de utilitários com a marca da casa (growlers, tábuas e copos). Sempre com uma novidade, o bar anuncia para maio sua primeira temporada de festas – ao longo de quatro semanas, serão promovidas edições da Funk-se.
JACINTA
Rua Grão Pará, 185, Santa Efigênia, (31) 99889-0077. Quarta e quinta-feira, das 18h à meia-noite; sexta-feira, das 18h à 1h; sábado, das 12h à 1h; e domingo, das 12h às 17h.