Mistura de café da manhã com almoço: veja onde comer um brunch em BH

Tradicional refeição americana e inglesa conquista os mineiros com panquecas, bacon, ovos e opções veganas

por Mariana Peixoto 30/03/2018 08:00
Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Edésio Ferreira/EM/D.A Press (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
A palavra inglesa brunch vem da união de breakfast (café da manhã) e lunch (almoço). Originário na Inglaterra e criado no fim do século 19, o brunch se popularizou nos Estados Unidos. Basicamente, é uma refeição reforçada (geralmente longa) servida aos sábados, domingos e feriados, no final da manhã e início da tarde.

O Brasil já aderiu ao brunch há algum tempo. Por aqui, no entanto, as versões são uma espécie de café da manhã prolongado, com opções regionais – bolos, frutas, pães, salgados. Mais recente é a adoção do brunch tal qual ele é servido nos cafés, diners e pubs dos EUA e Reino Unido. Uma comida “gorda”, com bacon, ovos e panquecas, pronta para curar qualquer ressaca da noite anterior.

“É uma comida meio que para chutar o balde. O legal é vir sem nenhum peso na consciência”, comenta Pedro Mendes, chef do Guaja Café, que oferece brunch aos sábados há pouco mais de um ano. A adesão, de acordo com ele, foi imediata. “Até assustou a gente como ele foi aceito rápido. Hoje, recomendamos fazer reserva”, conta Mendes, que prepara de 100 a 120 pratos a cada sábado.

O cardápio, à la carte, oferece cinco opções com nomes de bairros e regiões de Nova York. Brooklyn (panquecas com calda de mirtilo e syrup, ovos mexidos e bacon), Manhattan (grilled cheese de brioche, ovos mexidos, salsicha e tomate assado), Port Richmond (tortilla, guacamole, ovo frito, linguiça, sour cream e chutney de tomate), Queens (torta de maçã, omelete de banana, bacon, panquecas e syrup) e Meat Packing (tostada de brioche, cheddar cremoso, bacon, ovos mexidos, cebola caramelizada e salsicha). Os preços  dos pratos, todos individuais, variam de R$ 27 a R$ 29.

O cardápio oferece a opção vegetariana, trocando proteínas por shimeji na manteiga ou pimentões agridoces. Quem tem medo de engordar pode trocar o ovo por guacamole, por exemplo.

Para essa refeição sem culpa, o ideal é um acompanhamento alcoólico, principalmente quando chega a tarde. Os mais pedidos, de acordo com Mendes, são a mimosa (espumante com suco de laranja; R$ 16 a dose) e o clericot (drinque à base de vinho branco e frutas; R$ 20 a dose e R$ 67 a jarra).

NEW YORK Como o próprio nome indica, o Astoria, no Bairro Santo Antônio, segue os preceitos nova-iorquinos. O bar foi inaugurado há pouco mais de um ano por Anderson Madeira e Ronald Livingston. O primeiro é mineiro, o segundo americano, e ambos têm experiência como garçom e bartender em Nova York.

Astoria é o bairro no Queens onde ambos moravam antes de se mudar para BH. “Como a tradição é muito forte lá, logo que abrimos o bar resolvemos oferecer o brunch”, conta Anderson. O Astoria serve a refeição aos sábados e domingos.

O cardápio traz clássicos da cozinha americana como mac’n’cheese (macarrão gratinado com queijo, R$ 28) e ovos benedict (dois ovos pochê sobre tiras de bacon, muffins, molho hollandaise, salada ou fritas, R$ 26).

Há também opções abrasileiradas. Omeletes são preparadas tanto com bacon e cheddar quanto com quiabo e cogumelos (R$ 24 cada). Já o waffle vem com doce de leite, banana, nozes e uma bola de sorvete (R$ 26). Assim como no Guaja, não faltam drinques para acompanhar: além da mimosa (R$ 19, mas servida em rodada dupla), há a pink limonade (limonada rosa feita com groselha) com ou sem álcool (R$ 10 e R$ 19, respectivamente).

“Acho que a atenção ao brunch se deve a seriados americanos como Friends e Sex and the city, mas a verdade é que ele tem despertado a curiosidade das pessoas. Hoje, muita gente vem aqui comemorar aniversário. Recebemos também famílias que não querem cozinhar no fim de semana”, comenta Anderson.

ENXUTO Recentemente, o Mocca Coffee and Meals aderiu ao brunch, servido em sua unidade do Belvedere. A chef e proprietária Gabriela Ferraz Campanha criou um cardápio enxuto, oferecido aos sábados desde o fim de fevereiro.

“Morei 20 anos na Inglaterra, onde trabalhei nos últimos 13 anos como chef. A cultura do brunch é muito forte lá. Quando voltei, percebi que o pessoal de Belo Horizonte está começando a sair de casa no fim de semana para fazer essa refeição”, comenta.

Como ainda está testando a demanda, o Mocca trabalha com quatro opções, chamadas de combos: 1 (ovos mexidos, bacon, fruta da estação, pão de queijo e torradas); 2 (panquecas, mel, salada de frutas e minicroissant recheado); e 3 (queijo canastra, peito de peru, suco verde, pão integral e ovos mexidos). Os preços variam de R$ 25 a R$ 27.

Ainda há uma quarta opção: ovos benedict (R$ 27), com um toque de brasilidade. A chef trocou o tradicional muffin, que acompanha o prato na Inglaterra, por pão de batata. Como o brunch do Mocca é oferecido somente na parte da manhã, há cafés e sucos para acompanhá-lo.

ASTORIA BAR
Rua Leopoldina, 85, Santo Antônio, (31) 3317-1586. Funciona de terça a quinta-feira, das 17h às 23h30; sexta-feira, das 17h30 à 1h; sábado, das 12h à 1h; e domingo, das 12h às 18h. O brunch é servido aos sábados e domingos, das 12h às 17h. Neste fim de semana, abre apenas no sábado.

GUAJA CAFÉ
Avenida Afonso Pena, 2.881, Funcionários, (31) 2127-1517. Funciona de segunda-feira a sábado, das 8h às 23h30. O brunch é servido somente aos sábados, das 10h às 14h.

MOCCA COFFEE AND MEALS
Rua Desembargador Jorge Fontana, 50, loja 1, Belvedere, (31) 2516-0207. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. O brunch é servido apenas aos sábados, das 9h às 13h. Na semana santa, o café estará fechado.

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