Já imaginou estar num restaurante pequeno, esperando seu almoço, e na mesa do lado assentam duas mulheres, mãe e filha, chamam o garçom, e pedem um prato que leva o seu nome? Isso não é incomum para os músicos Maurício Tizumba, Paulinho Pedra Azul, Beto Guedes e Tatta Spalla, o professor Marco Falcone ou o pediatra Danilo Marques Queiroz. Todos eles dão nome a alguns dos pratos servidos na Cantina do Sorriso, apelido do proprietário Anderson Fernandes, de 44 anos, que ocupa a esquina das ruas Camões e Visconde de Taunay, no Bairro São Lucas. É onde almoçam, diariamente.
A história de Sorriso, como é conhecido, com a comida começa quase que sem querer. Ele tinha alugado um espaço para fazer um estacionamento na Rua Visconde de Taunay, fazia churrasquinhos às sextas-feiras, mas as lojinhas que ficavam ao lado já chamavam sua atenção. Ao saber que o locatário estava deixando o local, não teve dúvida. “Liguei para o meu pai – sou de Milho Verde – e pedi para arrumar uma cozinheira de lá. Começava aí a história da cantina.”
A loja ao lado, bem na esquina, vagou e Sorriso ampliou seu negócio. Aos poucos, a fama da simples e boa comida mineira se espalhou e começaram a aparecer os artistas. “Quem me trouxe para cá foi o Tatta Spalla”, conta Beto Guedes. “Moro perto. A comida é boa. Perguntei se podia fazer um prato como queria. Ele disse que sim e depois me surpreendeu dando o meu nome ao prato. Acho simpático quando ouço alguém pedindo.” O filé a Beto Guedes leva arroz, fritas, salada e filé com ervas finas (R$ 25,90) e, como quase todos as opções, é farto e servido como prato feito.
Dieta Tizumba também mora perto e disse que comer no Sorriso é cômodo. “Eu como pouco. Sempre faço dieta. Meia porção, para mim, está bom. Um dia, vim aqui e pedi como queria, com pouca coisa. Ele fez e fiquei orgulhoso quando batizou o prato com meu nome.” Ele já presenciou, diversas vezes, pessoas pedindo “me dá um Tizumba”, prato que custa R$ 19,90, com arroz de alho e brócolis, fritas, feijão, salada e uma opção de carne (boi, frango, fígado ou porco). “Finjo que nem estou ali. Mas gosto muito de ouvir o pedido.”
A opção de prato com arroz, feijão, salada, batata frita e contrafilé (R$ 21,90) chama-se Paulinho Pedra Azul. O músico se surpreendeu com a homenagem. “Eu já almoçava no Sorriso há mais de um ano. De repente, ele me perguntou se poderia colocar um prato com meu nome. Fiquei lisonjeado.”
Um dos pioneiros da cerveja artesanal em Belo Horizonte, Marco Falcone diz que ter um prato com seu nome é ser celebrizado. Quem opta pelo prato com o nome do mestre cervejeiro desembolsa apenas R$ 19,90 (arroz, feijão, ovo, filé mal passado). “Acho nobre o que ele fez, pois prestigia quem sempre vem aqui. Dizem que todo homem tem de ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Mas agora, a novidade é ter um prato com seu nome. Outro dia, numa mesa de quatro, três pediram o Marco Falcone. Fiquei empolgado, mas não me identifiquei.”
E não são só prato da cozinha mineira. Sorriso achou a solução para um médico, doutor Danilo, que adora carne, mas não gosta de arroz e feijão, só legumes e verduras para acompanhá-la. Daí o PF light Dr. Danilo leva folha do dia, alho, cenoura, orégano, beterraba e uma carne à escolha (R$ 17,90). “Um dia, conversando com o Sorriso, disse que tinha amigos que queriam vir comer, mas que preferiam verduras e carne e que ele tinha de pensar. Qual não foi a minha surpresa quando voltei e tinha um prato do jeito que eu tinha falado, sem arroz, feijão, macarrão e fritas?”
Cervejaria Com o tempo, Sorriso expandiu o negócio. “Eu adoro cerveja. Aluguei uma sala no segundo andar e fiz ali minha cervejaria.” A cerveja artesanal da casa custa de R$ 19,90 a RS 22 (600ml), mas há opção da falke beer (R$ 19,90, 300ml), além das tradicionais Heineken (R$ 9), Bavária Premium (R$ 8) e Original (R$ 9), todas de 600ml.
A simplicidade do salão, dividido em dois ambientes, ganha charme com os nomes dos pratos e a descrição escritos a giz nas paredes. Para beber, a casa oferece sucos naturais que variam o sabor a cada dia (R$ 3 o copo e R$ 6 a jarra). Ali também, em cima dos móveis e no balcão, se acumulam produtos caseiros, muitos deles da Fazenda dos Macacos, em Milho Verde, que pertence à família. Queijo artesanal, doces e pimenta podem ser levados para casa pelos clientes. As 18 variedades de cachaças são artesanais e custam R$ 5 a dose. “Assim fica melhor, pois além do mais posso ajudar minha família. Podemos dizer que aqui é uma casa familiar, basta ver os frequentadores.”
Cantina do Sorriso
Rua Visconde de Taunay, 263, esquina com Rua Camões, São Lucas, (31) 2515-3559. De segunda a sábado, das 11h às 15h; quinta-feira, das 18h à 0h.
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A loja ao lado, bem na esquina, vagou e Sorriso ampliou seu negócio. Aos poucos, a fama da simples e boa comida mineira se espalhou e começaram a aparecer os artistas. “Quem me trouxe para cá foi o Tatta Spalla”, conta Beto Guedes. “Moro perto. A comida é boa. Perguntei se podia fazer um prato como queria. Ele disse que sim e depois me surpreendeu dando o meu nome ao prato. Acho simpático quando ouço alguém pedindo.” O filé a Beto Guedes leva arroz, fritas, salada e filé com ervas finas (R$ 25,90) e, como quase todos as opções, é farto e servido como prato feito.
Dieta Tizumba também mora perto e disse que comer no Sorriso é cômodo. “Eu como pouco. Sempre faço dieta. Meia porção, para mim, está bom. Um dia, vim aqui e pedi como queria, com pouca coisa. Ele fez e fiquei orgulhoso quando batizou o prato com meu nome.” Ele já presenciou, diversas vezes, pessoas pedindo “me dá um Tizumba”, prato que custa R$ 19,90, com arroz de alho e brócolis, fritas, feijão, salada e uma opção de carne (boi, frango, fígado ou porco). “Finjo que nem estou ali. Mas gosto muito de ouvir o pedido.”
A opção de prato com arroz, feijão, salada, batata frita e contrafilé (R$ 21,90) chama-se Paulinho Pedra Azul. O músico se surpreendeu com a homenagem. “Eu já almoçava no Sorriso há mais de um ano. De repente, ele me perguntou se poderia colocar um prato com meu nome. Fiquei lisonjeado.”
Um dos pioneiros da cerveja artesanal em Belo Horizonte, Marco Falcone diz que ter um prato com seu nome é ser celebrizado. Quem opta pelo prato com o nome do mestre cervejeiro desembolsa apenas R$ 19,90 (arroz, feijão, ovo, filé mal passado). “Acho nobre o que ele fez, pois prestigia quem sempre vem aqui. Dizem que todo homem tem de ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Mas agora, a novidade é ter um prato com seu nome. Outro dia, numa mesa de quatro, três pediram o Marco Falcone. Fiquei empolgado, mas não me identifiquei.”
E não são só prato da cozinha mineira. Sorriso achou a solução para um médico, doutor Danilo, que adora carne, mas não gosta de arroz e feijão, só legumes e verduras para acompanhá-la. Daí o PF light Dr. Danilo leva folha do dia, alho, cenoura, orégano, beterraba e uma carne à escolha (R$ 17,90). “Um dia, conversando com o Sorriso, disse que tinha amigos que queriam vir comer, mas que preferiam verduras e carne e que ele tinha de pensar. Qual não foi a minha surpresa quando voltei e tinha um prato do jeito que eu tinha falado, sem arroz, feijão, macarrão e fritas?”
Cervejaria Com o tempo, Sorriso expandiu o negócio. “Eu adoro cerveja. Aluguei uma sala no segundo andar e fiz ali minha cervejaria.” A cerveja artesanal da casa custa de R$ 19,90 a RS 22 (600ml), mas há opção da falke beer (R$ 19,90, 300ml), além das tradicionais Heineken (R$ 9), Bavária Premium (R$ 8) e Original (R$ 9), todas de 600ml.
A simplicidade do salão, dividido em dois ambientes, ganha charme com os nomes dos pratos e a descrição escritos a giz nas paredes. Para beber, a casa oferece sucos naturais que variam o sabor a cada dia (R$ 3 o copo e R$ 6 a jarra). Ali também, em cima dos móveis e no balcão, se acumulam produtos caseiros, muitos deles da Fazenda dos Macacos, em Milho Verde, que pertence à família. Queijo artesanal, doces e pimenta podem ser levados para casa pelos clientes. As 18 variedades de cachaças são artesanais e custam R$ 5 a dose. “Assim fica melhor, pois além do mais posso ajudar minha família. Podemos dizer que aqui é uma casa familiar, basta ver os frequentadores.”
Cantina do Sorriso
Rua Visconde de Taunay, 263, esquina com Rua Camões, São Lucas, (31) 2515-3559. De segunda a sábado, das 11h às 15h; quinta-feira, das 18h à 0h.