De acordo com um estudo publicado na revista científica Science, os pesquisadores investigaram os genomas de 398 variedades de tomates e descobriram exatamente quais genes são alterados pelas condições de refrigeração.
A pesquisa foi coordenada por Sanwen Huang, da Academia de Ciências Agrícolas da China; e Harry Klee, da Universidade da Flórida. A principal autora do estudo é Denise Tieman, pesquisadora das duas instituições.
"Foi um processo longo. Primeiro, nós tínhamos que definir o que constitui um sabor bom em tomates. Nós checamos as variedades mais antigas, de herança", afirmou Tieman.
Segundo a pesquisadora, atualmente, as variedades industriais não contém açúcar suficiente nem substâncias essenciais para garantir o sabor do tomate. Estas qualidades foram perdidas ao longo dos últimos 50 anos, porque os produtores não tinham ferramentas científicas para medir o sabor regularmente.
"Os consumidores testaram os sabores. Nós pegamos todos esses dados junto com os dados bioquímicos, os compostos de aroma como açúcares, ácidos, e com isso pudemos definir o que é um bom sabor em um tomate", acrescentou Tieman.
Durante a investigação foram encontrados 13 compostos químicos associados ao sabor, que confirmou que os tomates vendidos nos supermercados já perderam as características tradicionais. Além disso, o estudo comprovou que os tomates menores têm um maior teor de açúcar. No entanto, como a criação de uma nova variedade leva tempo, os cientistas estimam que serão necessários três ou quatro anos para produzir os novos tomates com sabor. (ANSA)