"A comida que ela faz tem gosto de comida caseira." "Ela" é a chef Dailde Marinho, responsável por tudo o que se come em todos os espaços de Inhotim, do memorável pão de queijo do Café das Flores à canela de cordeiro com pêra ao maracujá, atração do Restaurante Tamboril.
Já o autor do elogio é ninguém menos que Bernardo Paz, empresário mineiro e idealizador do complexo de pavilhões de arte e jardim botânico que atrai turistas do mundo inteiro até Brumadinho, calmamente sentado numa das mesas do recém-inaugurado café.
Dailde é mineira de Jequitinhonha, no vale de mesmo nome. Saiu de lá ainda adolescente e sempre trabalhou no ramo. Começou a cozinhar para Paz há 22 anos e ganhou fama preparando jantares para personalidades de Belo Horizonte.
Formou-se na experiência cotidiana na cozinha, mas nem por isso deixou de buscar aprimoramento em cursos avulsos, como o da chef Dadette Mascarenhas, uma das principais professoras de culinária que a cidade já teve.
“Mas dom a gente nasce com ele”, se apressa em acrescentar. Alho, cebola e louro são os ingredientes principais de suas receitas e ela acredita que o sabor ideal se alcança preparando tudo na hora – na medida do possível num lugar como Inhotim, que recebeu 53 mil visitantes só em julho.
Ela responde pelas cozinhas do lugar desde sua inauguração, 10 anos atrás. O tal cordeiro, marinado por quatro dias e guarnecido ainda com farofa de alecrim, é um dos seus maiores motivos de orgulho, mas não o único.
Esse prato costuma figurar nos fins de semana no bufê do Restaurante Tamboril, o principal de Inhotim, além de outros clássicos da chef, como a torta de banana com suspiro e os capeletes de quatro queijos com molho de gruyère e toque de melado de cana.
As receitas mais novas ela fez para o Café das Flores, como as do pão de queijo (recheado com queijo; R$ 10, duas unidades, com suco de laranja) e do baião de dois (com arroz, feijão, cebola, carne de sol, tomate, linguiça, bacon e queijo coalho; R$ 34,80, individual).
CERVEJA
Aberto recentemente, o café fica logo depois da recepção, com mesas azuis sob ombrelones e muitas plantas (e flores, claro) ao redor. Conta com algumas opções de saladas, pratos, petiscos e sanduíches, além de cafés (R$ 2, coado), sucos (R$ 5 cada) e cervejas, a maioria delas da belo-horizontina Wäls, que recentemente lançou três rótulos em comemoração aos 10 anos de Inhotim.
São elas: uma farmhouse ale com extrato de baunilha, uma witbier com mexerica e uma red IPA com toque defumado (R$ 35, cada garrafa de 375ml).
Tanto o Restaurante Tamboril como o Oiticica funcionam com sistema de bufê.
Além dos dois espaços, o instituto conta com o Café do Teatro (ao lado do Teatro Inhotim) e lanchonetes abertas em dias alternados e em diferentes pontos – a pizzaria está fechada. Em tempo: internamente, a diretoria discute a liberação de piquenique no local.
Instituto Inhotim
Rua B, 20, Centro, Brumadinho. Aberto de terça a sexta, das 9h30 às 16h30; sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 17h30. Ingresso:terça e quinta-feira, R$ 25 e R$ 12,50 (meia); sexta, sábado, domingo e feriado, R$ 40 e R4 20 (meia); entrada franca às quartas. Informações: (31) 3194-7300, (31) 3571-9700 e www.inhotim.org.br.