Apesar de sua enorme tradição no país, o filé à parmegiana tem origem um tanto nebulosa. Muitos acreditam que, apesar de o nome remeter à cidade italiana de Parma, ele nunca existiu no país europeu. Correntes minoritárias defendem “paternidade” argentina e até russa para a receita, frequentemente apontada como um feito genuinamente brasileiro. Em BH, o prato está presente em casas veteranas e novatas, algumas delas dedicadas exclusivamente a ele.
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É o caso do Armazém Parmegiano, aberto no ano passado, no Cruzeiro. A casa do chef Ronaldo Rates oferece parmegiana de quase tudo, de filé (R$ 47,50) a peixe (R$ 42,50), passando por uma opção vegetariana (feita com berinjela; R$ 31). Algumas pedidas fogem do habitual, como o de lombo (R$ 44,50), que leva queijo canastra maçaricado e molho de pimenta biquinho no lugar do molho de tomate e da muçarela. Todos são individuais e incluem uma guarnição à escolha.
Na linha clássica, um dos redutos do filé à parmegiana em BH é a Cantina do Lucas, no Centro. “É um dos pratos tradicionais da casa e está entre os mais vendidos, ao lado de filé à brasileira, filé surprise e talharim parisiense”, conta Norberto Martins, caixa do restaurante. Empanado, o filé é coberto com molho de tomate, muçarela e parmesão, acompanhado por purê de batata – a travessa inteira é levada ao forno para gratinar. Sai por R$ 68,80 (para duas pessoas).
Outros dois endereços que seguem essa linha são o Pizzarella, no Bairro de Lourdes, e a Mello Mercearia, na Serra. Na primeira, o parmegiana compete com as pizzas entre os itens mais pedidos do cardápio. A versão família serve quatro pessoas por R$ 97,20, e a “individual” (recomendada para dois) custa R$ 75,10, ambas gratinadas com purê e servidas com arroz.
Na Mercearia Mello, o filé à parmegiana custa R$ 33 (para uma pessoa). Mas o cliente tem “desconto” de R$ 5 no almoço, de segunda a sexta-feira. Ele paga R$ 28, com direito a cinco acompanhamentos.
SECO O chef Gabriel Carvalho, do Sapore d’Italia, no Bairro São Pedro, aposta numa versão mais seca do prato, que custa R$ 40 e inclui uma guarnição à escolha do freguês – massa ou risoto, por exemplo. “O meu não ‘nada’ no molho de tomate nem tem purê de batata. Prefiro que o cliente escolha o que prefere”, justifica ele. Passado duas vezes na farinha de rosca e no ovo batido, o filé é frito e coberto com um pouco de molho e parmesão, levado ao forno até o queijo derreter.
ONDE COMER
» Armazém Parmegiano
Rua Senhora das Graças, 16, Cruzeiro. (31) 99943-1414. Aberto de quarta-feira a sábado, das 18h às 23h30; domingo,
das 12h30 às 17h.
» Cantina do Lucas
Avenida Augusto de Lima, 233, lojas 18 e 19, Centro. (31) 3226-7153. Aberto de segunda a quinta-feira, das 11h30 às 2h; sexta e sábado, das 11h30 às 3h; domingo e feriado, das 11h30 à 1h.
» Melo Mercearia
Rua do Ouro, 331, Serra. (31) 3221-4022. Aberto de segunda a sexta-feira, das 11h30 à 0h; sábado, das 11h30 à 0h45; domingo, das 11h30 às 23h.
» Pizzarela
Avenida Olegário Maciel, 2.280, Santo Agostinho. (31) 3292-3000. Aberto de domingo a quinta-feira, das 11h à 1h; sexta-feira a sábado, das 11h às 2h.
» Sapore d’Italia
Rua Mestre Luiz, 64, São Pedro. (31) 3018-4585. Aberto de terça-feira a sábado, das 19h30 ao último cliente; domingo, das 12h30 às 16h30.