Restaurantes chamam a atenção no caminho entre Belo Horizonte e Ouro Preto

No fim de semana do Fórum das Letras na histórica cidade mineira, visitas ao Glaura e São Bartolomeu são ótimas opções

por Eduardo Tristão Girão 06/11/2015 08:00

Túlio Santos/EM/D.A Press
Vicente Fortes vende muita goiabada e doce de leite em sua lojinha em São Bartolomeu (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Para muitos, o caminho de Belo Horizonte até Ouro Preto tem apenas uns 90 quilômetros. Para alguns, há pontos de interesse aqui e ali, como a Mercearia Paraopeba, em Itabirito; o Museu das Reduções, em Amarantina; e as pousadas em Santo Antônio do Leite. Para os que gostam de explorações gastronômicas, há duas paradas pouco óbvias, Glaura e São Bartolomeu. Uma ao lado da outra, valem a visita neste fim de semana de Fórum das Letras na histórica cidade mineira.

São dois distritos de Ouro Preto e, para quem está indo para lá, ficam a pouco mais de 20 quilômetros de distância da antiga Vila Rica. Há acessos para ambos pela BR-356 e, entre eles, a cidade de Cachoeira do Campo serve como ponto de apoio e terceira opção de entrada. Estrada de terra em condições razoáveis faz a ligação entre Glaura e São Bartolomeu. São lugares pacatos, onde a vida passa devagar – e há o que comer.

 

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Em Glaura, uma novidade chama a atenção: o Caza Branca, restaurante aberto há pouco mais de dois meses pelos irmãos Alexandre e Maurício Andrade, que são de BH. Charmoso, o ambiente conta com piso xadrez, toalhinhas coloridas e flores sobre as mesas e pequeno empório que exibe produtos feitos por vizinhos, como sabão preto, fubá de moinho d’água, geleias e muito artesanato. “Nossa ideia aqui é fazer o que gostamos, que é cozinhar, e desacelerar”, resume Alexandre.

Para servir de entrada ou petisco, uma das opções é a porção de pastel de angu recheado com umbigo de bananeira e bacalhau (R$ 16, oito unidades), comprado de fornecedor em Itabirito. Entre os pratos principais, destaque para a costelinha assada com salada de batata, farofa e molho barbecue (R$ 28) e para o frango ensopado com ora-pro-nóbis, arroz, feijão, angu e couve (R$ 27) – ambos são individuais, servidos no almoço e guarnecidos com salada de folhas do dia. Para jantar, massas, risoto e pizza. Vinhos a partir de R$ 42 e cervejas por R$ 9,50 (garrafa de 600ml).

Perto dali, quase em frente à Matriz de Santo Antônio, uma casa simples tem na porta uma plaquinha preta com a seguinte inscrição: “Vende-se doce de canudo”. Nada mais é do que o bom e velho canudinho recheado com doce de leite, mas com uma grande diferença, pois tanto um quanto o outro são feitos no local por Maria Marta Carvalho. Ela faz questão de rechear na hora, o que ajuda a manter a casquinha crocante, e ainda é possível acrescentar doce de cidra ralada na beirada. Cada um custa R$ 1,50 (ou R$ 2 com esse acréscimo).

 


ONDE IR
Caza Branca
Rua Augusto César Cruz, 78,
Glaura. (31) 3553-7272.

Doce de canudo da Maria Marta
Praça da Matriz de Santo Antônio, 7, Glaura. (31) 3553-7156.

Doces Edutijolo
Rua do Carmo, 44, São Bartolomeu. (31) 3551-0930.

Barra
Cerca de 12 quilômetros adiante de Glaura, passando pelos vilarejos de Engenho d’Água e Maciel, está São Bartolomeu, que tem seu forte nos doces em barra e pasta. Perto da matriz há diversas lojas para experimentar essas delícias, sendo uma delas a Edutijolo, do simpático Vicente Fortes. Por lá, o freguês encontra goiabada, rapadura e doces de leite e de figo, entre outros quitutes. Dica: nos fundos da loja há uma geladeira com queijo minas frescal de produtores locais que ele revende.

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