"Há fungos e bactérias comestíveis, bem como os que causam danos à saúde. Sabendo quais precisamos, podemos selecioná-los e criar modelo para que o produtor mantenha padrão. Alguns microrganismos, por exemplo, podem dar ranço ao queijo, que deixa de ser vendido. Olhando esses queijos com lupa, já percebi fungos de várias cores, alguns desejáveis, outros não. O pessoal da área gourmet está gostando. Não tenho nada contra, ao contrário. Quero ajudar e ter certeza de que esses queijos não fazem mal a saúde", diz.
De fato, Almeida é um entusiasta do mofo. Conta que pagou diretamente ao produtor (e satisfeito) R$ 40 num exemplar de 800g do tipo. “A massa fica mais macia e cremosa, mudando o sabor. Gosto desses queijos e estou consumindo, mas sempre com um pé atrás, pois não sei que fungo é. Como técnico e sanitarista, preciso ter mais informações. Isso é uma novidade para a gastronomia, um novo modo de apreciar o queijo de leite cru”, observa.