Parte inseparável da cultura alimentar mineira, as quitandas não gozam do mesmo tipo de interesse que o queijo, a cachaça e o café, todos eles sempre alvo de discussões que gravitam entre o deleite gastronômico, a história e a ciência. Elas estão longe de ser esquecidas, mas talvez careçam de um pouco mais de atenção dos chefs, professores e pesquisadores, tanto que sempre que alguém aparece disposto a se dedicar ao tema, chama a atenção. É o caso de Iara Rodrigues, que recentemente abriu as portas do Quitand’arte com o irmão, Rafael, no Cidade Jardim.
Jovem, tem 24 anos, ela cresceu vendo a mãe (que aprendeu com a avó) preparar biscoitos, bolos, broas e quitutes do gênero em Bom Despacho, onde nasceu. Não tardou a tomar gosto por “bater um bolo”, como ela mesmo diz. “Fui criada com aquela fartura de comida em casa. Como quitanda desde pequena, mas depois de mais velha é que fui refinar meu paladar”, conta ela. Inevitavelmente, vieram também os questionamentos culinários. Qual a melhor farinha para certa quitanda? Qual o momento adequado para adicionar manteiga?
Iara veio para BH em 2008, depois de morar em Portugal e no Japão. Formou-se jornalismo, mas não chegou a exercer a profissão. Só mês passado, quando começou o curso de gastronomia no Senac, é que ela começou a compreender as explicações técnicas por trás da sabedoria da roça, empregada instintivamente no preparo das quitandas que sempre comeu. Decidida a abrir um café, mas sem dinheiro para investir num ponto de grande visibilidade, ocupou a varanda de um salão de beleza (Fabio Fraga), onde construiu pequena cozinha e espalhou algumas mesas. Não há placa na porta.
“Não queria uma lanchonete, com máquina rodando suco, mas um café”, resume. Na pequena vitrine, ela acomoda os quitutes, produzidos quase diariamente. Há sempre três tipos de bolo (R$ 4, fatia), com sabores como laranja, limão e formigueiro, além do red velvet, feito com chocolate e entremeado com creme à base de requeijão, chocolate branco e baunilha (R$ 8, fatia). A seção doce é completada por itens como pudim de coco (R$ 4), torta de limão (R$ 5) e, ocasionalmente, brigadeiro de colher (R$ 3). Ela é auxiliada na produção pelo confeiteiro Thalles Damasceno Lizardo.
GRÃOS
Os biscoitos também variam dia a dia, tendo como receitas frequentes a rosquinha amanteigada e biscoito quebra-quebra de coco (R$ 5, 100g). O pão de queijo (R$ 2) é terceirizado, bem como os pães, comprados da Cum Panio e usados em sanduíches como o de lombo defumado, pasta de ricota e nozes, cebola caramelizada e alface (R$ 23). Há ainda crepes (R$ 20, cada; com salada) e bruschettas como a de caponata (feita pela mãe de Iara) com parmesão (R$ 24, seis unidades). Para acompanhar, cerveja long neck (R$ 6), smoothie (R$ 7,50), drinques (R$ 15, em média, cada) e suco natural (R$ 4).
Os cafés são da Academia do Café, disponíveis em duas variedades: um blend com grãos do cerrado e outro que, geralmente, é comprado de fazenda cuja produção foi premiada (R$ 4, cada). Os grãos são moídos na hora e quem quiser pode levar o café pronto para coar em casa por R$ 15 (250g). Outras bebidas à base de café integram o cardápio, como macchiato (R$ 4,60), mocha com brigadeiro (R$ 8) e expresso com creme (R$ 4,90).
Quitand’arte
Rua Perdigão Malheiros, 254, Cidade Jardim. (31) 8607-2505. Aberto de terça a sábado, das 9h às 21h.
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Iara veio para BH em 2008, depois de morar em Portugal e no Japão. Formou-se jornalismo, mas não chegou a exercer a profissão. Só mês passado, quando começou o curso de gastronomia no Senac, é que ela começou a compreender as explicações técnicas por trás da sabedoria da roça, empregada instintivamente no preparo das quitandas que sempre comeu. Decidida a abrir um café, mas sem dinheiro para investir num ponto de grande visibilidade, ocupou a varanda de um salão de beleza (Fabio Fraga), onde construiu pequena cozinha e espalhou algumas mesas. Não há placa na porta.
“Não queria uma lanchonete, com máquina rodando suco, mas um café”, resume. Na pequena vitrine, ela acomoda os quitutes, produzidos quase diariamente. Há sempre três tipos de bolo (R$ 4, fatia), com sabores como laranja, limão e formigueiro, além do red velvet, feito com chocolate e entremeado com creme à base de requeijão, chocolate branco e baunilha (R$ 8, fatia). A seção doce é completada por itens como pudim de coco (R$ 4), torta de limão (R$ 5) e, ocasionalmente, brigadeiro de colher (R$ 3). Ela é auxiliada na produção pelo confeiteiro Thalles Damasceno Lizardo.
GRÃOS
Os biscoitos também variam dia a dia, tendo como receitas frequentes a rosquinha amanteigada e biscoito quebra-quebra de coco (R$ 5, 100g). O pão de queijo (R$ 2) é terceirizado, bem como os pães, comprados da Cum Panio e usados em sanduíches como o de lombo defumado, pasta de ricota e nozes, cebola caramelizada e alface (R$ 23). Há ainda crepes (R$ 20, cada; com salada) e bruschettas como a de caponata (feita pela mãe de Iara) com parmesão (R$ 24, seis unidades). Para acompanhar, cerveja long neck (R$ 6), smoothie (R$ 7,50), drinques (R$ 15, em média, cada) e suco natural (R$ 4).
Os cafés são da Academia do Café, disponíveis em duas variedades: um blend com grãos do cerrado e outro que, geralmente, é comprado de fazenda cuja produção foi premiada (R$ 4, cada). Os grãos são moídos na hora e quem quiser pode levar o café pronto para coar em casa por R$ 15 (250g). Outras bebidas à base de café integram o cardápio, como macchiato (R$ 4,60), mocha com brigadeiro (R$ 8) e expresso com creme (R$ 4,90).
Quitand’arte
Rua Perdigão Malheiros, 254, Cidade Jardim. (31) 8607-2505. Aberto de terça a sábado, das 9h às 21h.
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