No cardápio, a melhor seleção de peixes, mariscos, carnes e pratos especiais, sempre tudo fresco e feito na hora. Entre os peixes, podem ser apreciados robalo, dourado, linguado, peixe-galo, salmão, rodovalho, pescada, sardinha, petinga, chocos e também lulas e cherne. O restaurante trabalha com todos os tipos de mariscos. Também é tradição da terra o arroz de tamboril e o de mariscos. Apesar de usar ingredientes semelhantes à paella espanhola, o arroz de tamboril e o de mariscos são bem mais molhados. Os grãos e os frutos do mar ficam em um caldo temperado, geralmente feito com tomates e com a pimenta piri-piri. É possível degustar desde os que ficam com a textura próxima a um risoto como os bem mais caudalosos.
Albino vem da aldeia Cabeceiras de Basto e é o mais velho de uma família de oito irmãos. Atualmente, toca o negócio juntamente com o filho, Bruno Pinto. “O meu pai, sendo o mais velho, foi o que começou mais cedo a trabalhar, com 8 anos. Nessa altura, veio da aldeia para a cidade do
Antes de se dedicar ao restaurante, Albino foi destacado em 1971 para ir para Angola, no período da guerra ultramar de Portugal por suas colônias. O restaurante foi aberto quando Albino retornou. “Abriu o Mar na Brasa já na companhia da minha mãe, um ano antes do meu nascimento, e com muito sacrifício e muita fé, passados 26 anos ainda aqui estamos”, afirma Bruno.
A principal comemoração da cidade pesqueira é a Festa do Senhor de Matosinhos, cuja origem está numa antiga lenda em que a imagem de Jesus crucificado teria aparecido junto ao mar, onde existe uma capela-memorial. A imagem segue venerada no famoso Santuário do Senhor de Matosinhos. A lenda diz que a imagem é a cópia fiel do rosto de Jesus, pois teria sido obra de Nicodemos quando acompanhava os últimos momentos de vida do Messias. A imagem atirada ao Mar Mediterrâneo, na Judeia, teria sido levada pelas águas, passando pelo Estreito de Gibraltar e aportando na Praia de Matosinhos. Mas, durante a viagem, teria perdido um braço.
FESTIVAL DO MAR
No mês de julho, é realizado o Festival do Mar, quando todos os bares e restaurantes da orla colocam tendas onde são montadas churrasqueiras para o preparo das sardinhas. Dizem os moradores do local que é a melhor época do ano para se comer sardinhas. É quando elas atingem o tamanho ideal para o consumo, não tão pequenas nem tão grandes. As praias costumam ficar bem cheias nessa época do ano, em pleno verão europeu.
Apesar de a cidade estar bem movimentada, trata-se de excelente momento para degustar o que há de melhor da gastronomia portuguesa: os peixes e mariscos frescos. “Posso dizer, como habitante de Matosinhos, que não encontro em mais lado nenhum terra como esta, onde as pessoas se conheçam e parem numa esquina para conversar. Às vezes, cinco e seis pessoas se encontram numa esplanada para tomar um café. É uma terra simples, com muita riqueza.” Quem vai a Matosinhos não pode deixar de ver o símbolo do local: uma escultura na forma de rede de pescador. Pelo tamanho, é possível vê-la em diferentes pontos da orla.
Arroz de tamboril com camarões
Ingredientes
Azeite, 2 cebolas, 4 dentes de alho, 200g de camarão descascado, 4 tomates picados em cubos pequenos,
1 pimentão cortado em pedaços pequenos, 1 folha de louro, 1 ramo de coentro, 12 bocados de tamboril com aproximadamente 5 centímetros cada, 1 tigela de sopa de arroz, sal e pimenta piri-piri a gosto.
Modo de fazer
Faça um refogado normal. Coloca-se o tamboril, tempera-se com sal e piri-piri, acrescenta-se água suficiente para cozer o arroz (um litro, sempre devagar, aos poucos). Deixa-se cozer 20 minutos, coloca-se uma tigela de camarão descascado.
Se desejar o arroz com um pouco mais de cor, acrescente polpa de tomate o quanto baste. É certeza de que fará um excelente arroz