Não passou muito da chegada dos portugueses ao Brasil para nos primeiros engenhos de cana-de-açúcar serem produzidas as primeiras cachaças. A história comprova a relação perene entre o brasileiro e a bebida. Mas aquela caninha produzida há quase cinco séculos hoje ganhou ares contemporâneos.
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A visita à Espanha foi um primeiro passo para a abertura de portas no mercado europeu, dado meses depois de, a convite do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter sido introduzida no vizinho continental como um produto genuinamente brasileiro e não mais como uma imitação do rum cubano. E o esforço dos produtores é para tentar aproximar cada vez mais a cachaça do uísque e mesmo do vinho. Uma forma de obter status e firmá-la como bebida gourmet.
Tanto é que até os barris de carvalho usados na Escócia para fabricar uísque são importados pelos alambiques brasileiros para o envelhecimento da cachaça. O caminho até lá, no entanto, ainda é longo, podendo ser acelerado pela proximidade com a Copa’2014 e a previsão da presença maciça de estrangeiros no país. Para atender esse público, o Festival Gastronômico Cachaça Gourmet – que este ano chegou à 5ª edição – incentiva bares e restaurantes a introduzir a bebida na elaboração de coquetéis e pratos refinados, premiando as melhores receitas.