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Novo restaurante asiático de BH oferece opções quentes e frias

Recém-inaugurado na Pampulha, Oshi conta com chef japonês e longo cardápio

Edson Ochi e Yoshiaki Ito apostam na qualidade da matéria prima dos produtos usados na casa - Foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A PressO conjunto de restaurantes japoneses de Belo Horizonte forma cena cuja concorrência se dá de forma um tanto incomum. A diversidade de receitas não muda tanto de uma casa para a outra, tendo em vista a variedade de modalidades de serviço (à la carte, rodízio, bufê etc.) e preço existente. Invariavelmente, sobressai-se o estabelecimento que aposta na qualidade da matéria prima. Está bem ciente disso a família de paulistas descendentes de japoneses que abriu o restaurante Ochi, há cerca de um mês, na Pampulha.
O vasto cardápio reflete claramente preocupação em oferecer muitas opções quentes e frias. Além de sushi, niguiri, sashimi, uramaki, gunkan, rolls variados e até vegetarianos, há tempura, teppan yaki, yakisoba, empanados à milanesa, harumaki, teishoku, okonomiyaki, mishoshiro, grelhados e donburi, sendo este último talvez o menos conhecido, consistindo em tigela de arroz coberta com ingredientes variados. Para coordenar tudo isso, à frente da cozinha está o chef japonês Yoshiaki Ito, de 70 anos.

Nascido em Ehime, no Sul do país asiático, ele veio para o Brasil em 1956, acompanhando a família, que foi trabalhar com agricultura no Paraná. Adolescente, saiu de casa para ganhar seu próprio dinheiro no extinto restaurante japonês Kokeshi, em São Paulo. Viveu entre o Brasil e o Japão, abriu restaurantes nas capitais paulista (Ama Deus) e fluminense (Honjin) e prestou consultorias à casas belo-horizontinas, como Kei e Rokkon.

Com 52 anos dedicados à cozinha e casado com mineira, Ito finalmente parece ter decidido interromper suas viagens e fixar residência em Belo Horizonte. Está animado com as aulas de culinária japonesa que dará no espaço ao lado da cozinha do restaurante, a partir de abril. Até lá, garante seguir comparecendo religiosamente ao restaurante todos os dias, e não apenas para orientar os sushimen (a maioria experiente no ramo), mas também para pôr a mão na massa.

ENGUIA
“No Japão, gasta-se cinco anos para ser sushiman, fora o tempo de experiência que é preciso para saber fazer as coisas direito. É como fazer uma casa: sem alicerce, cai”, resume o veterano. Como a família Ochi, que comanda o restaurante, também trabalha com distribuição de produtos orientais na cidade (shoyu, saquê, cogumelos, missô, algas etc.), não teve dificuldade em selecionar os insumos, como o arroz para sushi, aprovado pelo chef japonês embora seja cultivado no Uruguai.

Além de todas as pedidas tradicionais japonesas, a casa oferece rodízio por R$ 59 (individual), incluindo pratos quentes e frios e 15 sashimis. Há porções de niguiri entre R$ 32 (15 peças) e R$ 110 (54 peças) e combinados (sushi, sashimi, uramaki etc.) entre R$ 45 (20 peças) e R$ 175 (82 peças). Além dos peixes de costume (atum, salmão, robalo, namorado), a cozinha costuma ter tainha, hadoque e enguia. A dose de saquê custa a partir de R$ 15 e a cerveja mais barata sai por R$ 5 (long neck nacional).

Ochi
Endereço: Avenida Fleming, 900, loja 7, Ouro Preto (Pampulha)
Contato: (31) 3498-7145
Aberto de terça a sexta, das 19h às 23h30;
Sábado, das 11h à 0h;
Domingo, das 11h às 22h30

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