Bicampeão mundial de Fórmula 1, o ex-piloto Emerson Fittipaldi teve troféus e carros de corrida destinados à penhora por decisão da juíza Fabiana Marini, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
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A Sax Logística foi contratada em 2012 para realizar o processo de liberação na alfândega dos carros e equipamentos necessários para o evento, o que incluiu o fretamento de aviões e contêineres. No entanto, ele não teria pagado os valores combinados na íntegra e a dívida, com juros e multa, é calculada hoje em cerca de R$ 416 mil.
A magistrada decidiu penhorar os bens que estão em um imóvel localizado na avenida Rebouças, em São Paulo, sede da empresa do esportista que realizou o evento, até que se alcance o valor total da dívida.
No imóvel estão guardados, automóveis clássicos que marcaram a história do automobilismo, como o lendário Copersucar 1976, da Escuderia Fittiplaid, que fundou com o irmão Wilson, a única equipe originalmente brasileira da Fórmula 1.
Estão lá também a taça do bicampeonato mundial de Formula 1 (1974) e o troféu do Grande Prêmio Brasil de F1, do mesmo ano.
De acordo com à publicação, os advogados do ex-piloto contestaram a penhora. Segundo eles, Emerson Fittipaldi não é o proprietário dos bens que estão no local. Os bens, pertencem ao Museu Fittipaldi, criado em 2003 "para compor o patrimônio cultural e esportivo do país, de forma a fomentar a memória esportiva do automobilismo".
O espaço fechou as portas em 2016, depois que dezenas de automóveis e outros itens, como macacões e troféus, foram apreendidos pela Justiça. Alguns acabaram devolvidos após pedidos da defesa de Fittipaldi.
"O museu não é parte litigante do processo, e a penhora dos bens que lhe pertencem é irregular. Fittipaldi sequer é administrador do Museu Fittipaldi, sendo apenas membro presidente do conselho de deliberação", disseram à Justiça.
A Sax declarou à Justiça que as alegações da defesa de Fittipaldi são uma "nítida manobra para ocultar seus bens e fraudar credores".
A defesa do ex-piloto respondeu à acusação de fraude dizendo que o museu foi constituído muito anos antes da assinatura do contrato com a empresa. A juíza manteve a sua decisão, ressaltando que o endereço do museu é o mesmo da empresa executada, o que indica, segundo ela, "evidente confusão patrimonial". Fittipaldi ainda pode recorrer da decisão judicial.