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CANCELADO PELA ESQUERDA

Digão, do Raimundos, nega ser bolsonarista, mas diz que votará em Bolsonaro

As eleições de 2022 se aproximam e, com ele, uma enxurrada de críticas e opiniões sobre os governantes do nosso país. Digão, vocalista do Raimundos, não tem papas na língua ao falar sobre suas opiniões políticas, tampouco medo de ser 'cancelado' novamente.


Em entrevista à jornalista Fernanda Talarico, do portal Splash, do UOL, o cantor afirmou que não se identifica com nenhuma ideologia política e vai na contramão ao pensamento de seus colegas que defendem posicionamentos políticos mais alinhados à esquerda. O roqueiro já bateu boca nas redes sociais com Pe Lu, ex-integrante do Restart e Tico Santa Cruz, do Detonautas Roque Clube.

 

"Eu não sou bolsonarista, não sou de esquerda, não sou porra nenhuma. Eu sou Digão, roqueiro, sou pai de família e eu sei o que eu não quero para o meu país. Mas o que eu quero infelizmente não existe. Para mim, não existe vitória para o povo na política", explicou.


 

Mesmo dizendo não ser apoiador do presidente da República Jair Bolsonaro (PL), o vocalista da banda de rock não se coloca contra as atitudes do atual governo, pois seus posicionamentos seguem sempre contrários aos representantes da esquerda, menos quando o assunto é legalização da maconha, algo que ele afirmar ser "totalmente a favor", mesmo confessando que não fuma há 18 anos.

 

Apesar de concordar com uma pauta mais progressista, Digão rasgou o verbo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu sempre desconfiei dele", destacou. "Essa minha bronca com a esquerda, com o Lula, enfim, vem desde os anos 1980", acrescentou.

 

O artista se enxerga como um "contraponto" a todos os que apoiam o pré-candidato petista à Presidência nas eleições de outubro deste ano.


 

"Tico , João Gordo, são eles que defendem essa cartilha que rock é de esquerda. O João Gordo declarou que vai votar no Lula mesmo e foda-se. Eles não têm envergadura moral para falar de mim, até porque se eles querem xingar o Bolsonaro, o problema deles e do Bolsonaro. Não é meu. Eu não estou nem aí para eles", disparou.

 

"Eu nunca ataquei o povo ou as pessoas que querem ser de esquerda, mas as pessoas sempre me atacaram. Eu sempre ataquei o Lula político, mas nunca ataquei quem acredita nele", complementou.


Eleições 2022

Em outubro, os brasileiros irão às urnas para decidir quem será o novo presidente do Brasil. Além disso, também vão escolher governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Mesmo acreditando que não há saída para a política no país, Digão diz que fará a sua "parte como cidadão".