Andressa Urach acionou a Igreja Universal do Reino de Deus na Justiça do Rio Grande do Sul para reaver as doações feitas no período em que frequentou os cultos religiosos entre 2015 e 2019.
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Segundo matéria publicada pelo jornalista Rogério Gentile, do portal UOL, ela revela no processo que foi "abduzida" pela Igreja de Edir Macedo após um problema grave de saúde e que, "iludida pelas promessas de solução espiritual", passou a contribuir financeiramente com a Universal, o que lhe teria causado "a perda desenfreada do seu patrimônio".
"Fui iludida, ludibriada, enganada e escancaradamente roubada pela Igreja, durante um período de total fraqueza", declarou a modelo na ação, que ainda não foi julgado.
Andressa disse que os valores chegam até R$2 milhões, entre os bens doados estão quatro carros de luxo (Porshe Cayenne, Land Rover Evoque, Renaut Fluence e Hyunday i30).
Em sua defesa, a Universal garante em documento apresentado em fevereiro que a ex-vice Miss Bumbum mente ao sugerir que sofreu lavagem cerebral e coação por parte dos pastores, e trata a ação como "maquiavelicamente" criada para se promover e diz que a ex-fiel da Igreja Universal é ingrata e busca "enriquecer ilicitamente" à custa da instituição religiosa.
A Igreja afirmou que Urach frequentou instituição por mais de cinco anos e que o auxílio espiritual lhe trouxe "paz, conforto, mudança de vida, princípios, diretrizes racionais e ascensão financeira".
A defesa ainda afirmou que a influenciadora digital ganhou muito dinheiro ao escrever uma autobiografia, intitulada Morri pra viver, contando sobre a sua conversão espiritual e que fez as doações por livre espontânea vontade.
"É evidente que tinha condições de discernir e poderia ter deixado de frequentar a Igreja", afirmou. "Porém, estranhamente, somente o fez após cinco anos de convivência e do lançamento de dois livros narrando sua biografia".
A defesa da Universal ainda anexou ao processo uma entrevista segundo a qual Andressa Urach diz que as doações foram uma "questão de consciência", pois se tratava de dinheiro sujo, proveniente da prostituição.
E afirmaram ainda que a ação é uma "infeliz tentativa" da influencer de se promover pessoal e profissionalmente às custas da instituição.