Nesta segunda-feira (14/03), Fábio Porchat rebateu as críticas após ser acusado por bolsonaristas de pedofilia por sua atuação como Cristiano no filme Como se tornar o pior aluno da escola (2017).
saiba mais
Simone dá dicas de como apimentar o casamento: 'Viagem juntos de casal'
É treta? Luísa Sonza chama Mauricio Meirelles de 'escroto' após provocação
Arthur Aguiar revela que fãs costumam desabafar com ele sobre traições
Cirurgia de Ana Beatriz Nogueira é um sucesso; atriz está livre de câncer
Bruna Marquezine chora em vídeo de agradecimento aos fãs
O ator afirmou que ele é um vilão e que tudo "é mentira", destacando ainda que ele não teve vínculo com a concepção do papel.
"Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas", disse o ator, em posicionamento enviado ao jornalista Leo Dias (Metrópoles).
Porchat ainda citou exemplos de vilões vividos por atores e atrizes famosos.
"O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá, gente? Essas pessoas na vida real não são assim", explicou.
O ator também ponderou que vilões podem ser difíceis de assistir na telona, mas defendeu que "quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado".
Mario Frias se pronuncia sobre o assunto
No Twitter, Mario Frias, secretário especial da Cultura, disse que o filme é uma "explícita apologia ao abuso sexual infantil" e que "afronta às famílias e às nossas crianças". Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que determinou "providências cabíveis para o caso" à pasta.
A explícita apologia ao abuso sexual infantil protagonizada pelo Fábio Porchat no filme em cartaz na Netflix é uma afronta às famílias e às nossas crianças.
%u2014 MarioFrias (@mfriasoficial) March 13, 2022
Utilizar a pedofilia como forma de "humor" é repugnante! Asqueroso! pic.twitter.com/rcHSYPsqKO
O longa tem classificação indicativa para 14 anos. Segundo a edição de 2021 do Guia Prático de Classificação Indicativa, documento do Ministério da Justiça e Segurança Pública que é utilizado como referência para a indústria audiovisual, conteúdos em que "um personagem se beneficia da prostituição de outro" ou que contenham cenas de indução e atração "de alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual" não são recomendados para menores de 14 anos.
Atos de pedofilia, descritos pelo manual como "violência sexual contra vulnerável (menor de 14 anos)" não são recomendados para menores de 16 anos.