O jogador Robinho foi condenado em terceira instância por uma acusação de estupro coletivo. A informação foi divulgada pela Justiça nesta quarta-feira (19/01) e o amigo do atleta, Ricardo Falco, também responde pelo crime cometido na Itália.
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O delito ocorreu contra uma mulher albanesa numa boate de Milão, em 2013. Nas outras duas instâncias, os dois foram condenados a 9 anos de prisão. O jogador foi condenado novamente nesta quarta-feira.
Com a decisão, Robinho não poderá mais recorrer a execução de pena imediata, segundo informa o Metrópoles. A Justiça italiana pode pedir a extradição do jogador, mas ele também pode cumprir a pena no Brasil caso a extradição não ocorra.
Segundo informações do UOL Esporte, nos últimos três anos (de janeiro de 2019 a janeiro de 2022) a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR recebeu somente um pedido de transferência de execução da pena. O pedido foi feito pela Suíça e ainda está tramitando no STJ.
Ao deixar o tribunal, o advogado que representa Robinho, Alexsander Guttieres, afirmou para ao UOL que o processo apresentava falhas, sem especificar ou entrar em detalhes sobre quais seriam. A vítima esteve no local.
"Tem duas pessoas condenadas no Brasil (Robinho e Falco) e outras quatro que devem ser encontradas no Brasil, as quais devem ser entregues o aviso de conclusão da investigação, e isso quem deve fazer é o Ministério Público", disse Jacopo Gnocchi, advogado da vítima.
"São casos como esse que mudam o pensamento da sociedade. No total, 15 juízes, divididos em três instâncias, entenderam que a vítima dizia a verdade. O Brasil é um país que tutela a vítima, e não o culpado", acrescentou. Até o momento, a vítima não se manifestou.
Vale dizer que o atleta admitiu ter mantido relação sexual com a vítima, mas negou as acusações de violência sexual, quando foi interrogado, em 2014. Em entrevista ao UOL Esporte em outubro de 2020, o jogador afirmou que não abusou sexualmente da mulher.