No Vênus Podcast desta terça-feira (14/12), o humorista Fábio Porchat falou sobre sua relação com a religião e o processo de criação de suas piadas com o cristianismo.
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O Especial mostra um Jesus ainda adolescente, tendo que se adaptar à vida na escola. Na história, o personagem consome pornografia, sofre bullying por parte dos colegas e encontra Deus, seu pai, em um prostíbulo. A estreia está prevista para o próximo dia 15 de dezembro, no serviço de streaming Paramount.
"Eu comento com pessoas religiosas sobre a Bíblia, e ninguém faz a menor ideia do que está escrito na Bíblia. Ninguém lê a Bíblia. E isso é o que me dá mais medo", afirmou.
"As pessoas ficam muito loucas porque, no fim das contas, elas não acreditam nesse Jesus de verdade, o Jesus do amor", acrescentou.
O apresentador também se posicionou sobre as piadas envolvendo figuras religiosas. "Temos que fazer e temos que rir.
Porque se uma coisa se torna sagrada, ela se torna intocável. Ela se torna lei e ela se torna um monstro. E esse monstro vai engolir a todos nós", declarou.
"A função da comédia é fazer com que esses monstros não cresçam. É rir de tudo e de todos", finalizou.
Polêmicas
As produções do Porta dos Fundos, no YouTube, utilizam do humor para tratar de temas sociais, políticos e, eventualmente, religiosos.
Entretanto, os episódios natalinos, envolvendo Jesus, despertou polêmica e críticas, principalmente de setores cristãos.
"Nem tanta coisa dá problema assim no Porta.
Na verdade, pouca coisa dá problema. Processo, então...", disse o ator, que revelou que o maior problema que tiveram foi com o Especial de Natal de 2019.
O Especial intitulado: A primeira tentação de Cristo, retrata um Jesus gay (Gregório Duvivier), que cai em tentação e se relaciona com o jovem Orlando (Fábio Porchat), e um Deus mentiroso (Antonio Tabet) que vive um triângulo amoroso com Maria e José.
Em poucos dias de exibição, a produção teve repúdio por parte dos religiosos. O Ministério Público chegou a acionar à Justiça pedindo uma liminar para que o filme fosse retirado do ar e pedindo uma multa milionária contra o grupo e a Netflix.
O vídeo chegou a ter exibição analisada pelo STF (Superior Tribunal Federal).
Entretanto, a ação que pedia a exclusão do filme do catálogo do streaming e a multa por danos morais foi julgada improcedente.
"A gente lançou em 2013, não deu problema. 2014, 2015, 2016, 2017... Engraçado, o de 2019 deu problema. Olha que estranho? Antes disso não tinha dado problema nenhum. Ninguém queria proibir, ninguém queria jogar bomba, mas em 2019 as pessoas se sentiram à vontade para fazer esse tipo de coisa", finalizou.
Os integrantes do grupo de humor foram vítimas de extrema violência por causa desta obra. Poucos dias depois de seu lançamento, a sede da empresa foi alvo de ataque com bomba.
Ninguém ficou ferido.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra: