O avião que levava Marília Mendonça para uma apresentação em Caratinga (Minas Gerais), era alvo de denúncias da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) . De acordo com relatório do Ministério Público Federal, ao qual o Notícias da TV teve acesso, "a empresa acumula irregularidades que colocam em risco tripulantes e passageiros".
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No documento constam, também, outros problemas encontrados no serviço prestado pela PEC Táxi aéreo, empresa detentora da aeronave. Segundo o relatório, os riscos que o para-brisa da aeronave poderiam causar foram relatados. "O vidro fica embaçado, com prejuízo visual em pousos e decolagens, fato conhecido pela empresa, porém ignorado", diz o relatório.
O problema, até o momento, não foi atribuído como causador do acidente que tirou a vida da cantora e de outras quatro pessoas . O relatório do MPF também pontua, de acordo com fontes da instituição, que a empresa fez uso de "meios ilícitos de burlar a ocorrência de auditorias e vistorias da ANAC".
Outro ponto preocupante apontado pelo documento é o fato da PEC ter "lançado mão do código da ANAC, de outro piloto com hora voo liberada" . Isso quer dizer que alguns pilotos da empresa podem estar excedendo a carga horária de trabalho permitida por lei, tratada como norma importantíssima de segurança.
Após o vazamento do relatório, o documento foi mantido em sigilo. As investigações do acidente estão agora com a Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), e o trabalho de apuração já foi iniciado. Procurada, a PEC Táxi Aéreo não comentou o assunto.