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DESABAFOU

Ex-atriz da TV Globo, Tássia Camargo critica emissora: 'A Globo é outra'

A atriz Tássia Camargo está morando em Portugal com o seu filho Pedro há quatro anos.


 A artista, que já fez várias novelas na TV Globo, concedeu uma entrevista para o UOL e contou a diferença entre fazer novelas no país e na emissora da família Marinho.

 

"A diferença é que na TV daqui de Portugal as pessoas ainda não são números e, sim, pessoas, todas com nome e sobrenome. E, claro, assim como no Brasil, há muito trabalho de qualidade e profissionais muito competentes. Não é fácil a carreira de ator e atriz, exige muito sacrifício", afirmou.


 

 

No último ano, Tássia acompanhou, mesmo que de longe, as notícias sobre as saídas de atores veteranos da TV Globo, como Antônio Fagundes, Glória Menezes e Tarcísio Meira (1935-2021). Para ela, a emissora na qual trabalhou em novelas como Selva de pedra (1986), Tieta (1989) e O cravo e a rosa (2000), ficou no passado. 

 

"Sou muito feliz de fazer parte de uma geração que tinha tantos nomes consagrados na teledramaturgia, aprendi muito com todos eles", disse a atriz. "Na minha época, era o José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e depois que ele saiu, a TV Globo é outra. Na época dele, as pessoas tinham nome e sobrenome. Hoje são apenas números, o que é bem triste", pontuou. Tássia ainda comentou sobre a decisão de pedir demissão e cita uma frase de Tiago Leifert:

 

 Sem papas na línngua, a atriz também é conhecida por se posicionar politicamente. "Em Portugal, fala-se muito sobre isso e em quase todos os canais da Europa.


Independentemente da minha visão política, a minha indignação é que se trata de um genocida e não um presidente, isso eu faço questão de falar", explicou.

 

Há quatro anos, após sofrer um infarto, Tássia Camargo foi surpreendida com uma carta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Tenho a carta ainda sim, fiquei emocionada quando a recebi. Naquela época, recebi o carinho de muitas pessoas que são minhas amigas há décadas, e uma deles foi a carta do ex-presidente Lula".