No Encontro com Fátima Bernardes desta quarta-feira (25/8), o ator Luciano Szafir se emocionou ao falar sobre sua internação de mais de um mês após ter sido diagnosticado com a COVID-19. Foi a segunda vez que ele contraiu a doença.
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Ao falar com Fátima Bernardes, ele se emocionou com os vídeos e imagens em que ele aparece no hospital.
“Essa imagem é forte... Olho para atrás é complicado. Quando você está com a doença, não sabe se vai piorar. Além da doença, tem que lutar com a cabeça. É muito difícil. É traiçoeiro, te deixa marca. Um dia de cada vez”, disse Luciano Szafir.
"Agradeço todos os dias por estar vivo. Achei que fosse morrer a qualquer instante. Você luta contra a doença e, principalmente, contra o medo", contou.
O ator atualmente se recupera com fisioterapia e também faz terapia. Durante o período no hospital, Szafir conversou com os filhos David Szafir, Mikael Szafir e Sasha Meneghel.
“Ficava muito nervoso, além do medo de ir embora, pensava no quanto estavam sofrendo. Sabia que eles estavam sofrendo. Antes de ficar sedado, via ligação, sabia ver a dor, sabia ler que estavam sofrendo. Quando cheguei em casa, o primeiro abraço, foi maravilhoso. Minha mulher foi algumas vezes ao hospital e um dia estava bem, no outro estava na mesa de cirurgia. Eles só sabiam que papai estava no hospital. [Perguntavam] 'Hoje? Não, daqui uma semana'. Ficava muito doído, estavam me esperando a todo instante”, relatou Szafir.
Szafir ainda chamou a atenção dos fãs e telespectadores da Globo para o momento pós-recuperação, principalmente em relação à saúde mental de quem teve a Covid.
“Tem dias que você não quer levantar da cama. Me cobro muito isso porque tive uma segunda chance ou fico deitado na cama. Você fica pra baixo às vezes. Se compara com que era antes, mas não, sou outro Luciano e não devo pensar em como era anteriormente”, iniciou.
“Via a placa que venci o COVID. Venci o primeiro tempo, agora o segundo. Agora estou num projeto sobre pós, porque tem gente que acabou aí. E não. A gente não mede a dor do outro, pode pegar uma pessoa que teve covid leve, mas tem sequelas como pânico. Cada um é diferente. Esse vírus é maldito e temos que lidar com ele”, relatou Luciano Szafir.