Jacqueline Sato comenta falta de representatividade na TV brasileira

Atriz passa carreira a limpo, além de ressaltar a importância da proteção aos animais

Divulgação
Jacqueline Sato (foto: Divulgação)

As novelas estão dominando a TV brasileira desde 1951 e, com esse histórico, vários papéis são eternizados, de vilões a protagonistas, galãs, entre outros tipos. Por muitos anos, a identificação e a diversidade não eram pensadas como podemos presenciar, ainda com certa dificuldade, durante os últimos anos. A atriz e apresentadora Jacqueline Sato, de 32 anos, contou para o Portal Uai alguns desafios de sua carreira, inclusive o de ser uma das poucas pessoas de origem nipônica em atividade na TV e no streaming brasileiro.

 

Jacqueline disse que, desde criança, brincava de ser atriz e, alguns anos depois, em 2009, se formou em sua tão sonhava profissão. Já no ano seguinte, a atriz teve sua estreia em Corações feridos, no SBT.  Ao longo dos anos, ela fez mais três novelas: Além do horizonte, Sol nascenteOrgulho e paixão. Sato também estrelou cinco séries, com destaque para e a recém-estreada Os ausentes, disponível no HBO MAX.

 

"Um dos meus desafios desde o primeiro trabalho é ocupar da melhor forma possível os espaços que conquisto, para exercer bem aquilo que faço, e fazer com que mais gente se identifique e se sinta representada e, quem sabe, ajudar nessa mudança em direção a um audiovisual mais plural, e mais próximo da realidade e daquilo que as pessoas gostariam de ver. Pois, sem dúvida, as pessoas gostam de ver a diversidade na tela, e cada vez mais tem se manifestado quando não veem. O que eu acho excelente", disse a atriz.

 

Apresentadora de TV 

Jacqueline também é apresentadora dos programas Encantadores de Pets e Bruce Lee- a lenda, ambos exibidos na Band. A famosa ainda revelou que essas oportunidades fizeram com que ela se sentisse mais completa profissionalmente, já que o seu lado apresentadora estava "quietinho". 

 

"Amo animais desde criancinha, tenho, inclusive, uma Associação de Proteção Animal sem fins lucrativos, a House of Cats. Então, apresentar um programa que ajuda as pessoas a entenderem e se relacionarem melhor com seus bichinhos de estimação, e ainda poder ter como convidado um animal que está aguardando para ser adotado, juntamente com o representante da ONG responsável por ele, teve um significado muito mais profundo e uma magnitude que nem eu podia imaginar", ressaltou a artista. 

 

O programa é como uma espécie de 'Super Nanny dos animais', em que os donos dos animais são ensinados a reeducar seus pets agressivos e com maus hábitos, além de ajudarem os tutores a conviverem em harmonia com os bichos de estimação. 

Sato ainda comentou sobre seu outro programa, que tem como propósito falar da história de Bruce Lee, em que mostra a relação do astro com artes marciais, o cinema, além de trazer a representatividade e visibilidade asiática no ocidente. Trabalhando na TV, Jacqueline afirmou não se vê longe das telinhas e disse que não imagina sua vida sem a arte.  

Transforma a mim e a quem assiste. E isto é muito potente. Não consigo imaginar a vida sem arte. E aí não estou falando só da minha vida, mas também de quem consome arte. Durante este tempo de Pandemia pudemos perceber ainda mais nitidamente o quanto ela é essencial, o quanto ela nos conecta enquanto seres humanos e nos ajuda a seguir em frente.

Jacqueline Sato

 

 

Proteção animal - House of Cats

 

Sato tem uma Associação de Proteção Animal, chamada House of Cats. Ela contou que sua paixão pelos animais surgiu ainda criança, aos nove anos de idade, quando abrigou uma família de gatos abandonados na rua. 

Reprodução/Instagram
"Se você encontrou um animal na rua, não o ignore", diz Jacqueline Sato (foto: Reprodução/Instagram)
 

"Claro que, às vezes, as gatas abandonam seus filhotes. Mas, hoje, depois da experiência que tenho com a causa animal, acredito que as chances de uma pessoa tê-los abandonado é bem maior. Naquele dia, voltei com os 7 irmãozinhos para casa. Graças a Deus, meus pais me apoiaram. Disseram que não poderíamos ficar com eles, pois na época já tínhamos uma gata e uma cachorra, mas que podíamos cuidar deles até encontrarmos uma família para eles", relembrou Sato. 

 

A atriz ainda reforçou que ajudou mais de 1.734 gatinhos a encontrarem lares, provando que é possível ajudar na causa animal e diminuir a quantidade de animais abandonados pelas ruas a partir de um gesto bem simples.

Se você encontrou um animal na rua, não o ignore. Muitas vezes você mesmo pode prestar ajuda e não precisa virar uma Associação, mas é possível salvar pelo menos essa uma vida que cruzou seu caminho.

Jacqueline Sato