Sônia Abrão, normalmente discreta em relação a sua vida pessoal, abriu o jogo em uma entrevista ao jornal carioca Extra.
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A apresentadora, que normalmente não costuma provar do seu próprio veneno, se dedica a falar da vida dos famosos e comandar há 11 anos o programa A tarde é sua, nas tardes da RedeTV!. Apesar de ela não saber explicar o motivo do sucesso, a atração é uma das mais assistidas do canal, mas, de sua intimidade, pouco se sabe. Porém, ela revelou que está solteira.
"Eu estava namorando, mas a pandemia acabou com meu namoro. Fui casada durante 17 anos [com o empresário Jorge Damião], tivemos um filho lindo juntos, mas agora só quero romance".
Sônia Abrão
Abrão completou: “Não quero aquela estrutura de um casamento, não quero nem dividir o mesmo teto. O que mais me falta é a solidão. Quando meu marido viajava, eu achava ótimo. Preciso desse meu espaço, vivo cercada de pessoas. Não gosto de badalação, já cobri muitas festas. Gosto muito da minha batcaverna, de ficar sozinha. É dentro de mim que a vida acontece”.
A fantasia do príncipe encantado já era criticada pela jornalista e também escritora no Abaixo a mulher capacho!, livro lançado há 12 anos que fala de mulheres que fazem qualquer coisa para não perder um amor ou manter um relacionamento e pelo qual acabam pagando um preço alto. Sônia confessa que nunca quis depender financeiramente de ninguém e afirmou que é uma feminista de carteirinha.
"Não tenho medo desse rótulo. Fui criada por uma mãe de vanguarda, que sempre pregava nossa independência. Ela era muito avançada para a época. Essa ideia de príncipe encantado, do amor de um homem como única forma de ser feliz, pode levar a mulher a ficar presa nesses relacionamentos abusivos", disparou.
Ao relembrar da carreira, a apresentadora comentou que, assim como muitas mulheres, ela também foi vítima de assédio e do machismo. "Praticamente impossível uma mulher não ter passado por isso, ainda mais antigamente quando a gente não sabia a quem recorrer”, afirmou.
"Passei por alguns episódios e cheguei a mudar de empresa por causa de assédio. O rádio foi o ambiente mais machista que trabalhei. Engoli muito porque não podia perder o emprego porque também ajudava em casa. Aguentei muita coisa sozinha, calada. Você vai aprendendo com o tempo a lidar com isso".
Sônia Abrão