Morreu, nesta sexta-feira (8/10), aos 70 anos, o cartunista, escritor e roteirista Ernani Diniz Lucas, o Nani, vítima da COVID-19. Nascido em Esmeraldas, em 27 de fevereiro de 1951, ele estava internado há uma semana em Belo Horizonte. Era um dos chargistas mais conhecidos do Brasil, e trabalhou por muitos anos publicando a tirinha Vereda Tropical, no
Estado de Minas
e em vários outros jornais pelo Brasil.
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Começou a carreira ainda em Belo Horizonte, aos 20 anos, publicando charges no jornal O Diário, em 1971. Logo em seguida foi trabalhar no Rio, no periódico O Jornal, mas de olho no Pasquim, uma das publicações mais populares no período, sempre com ironias ao governo militar, e onde estavam alguns dos ídolos de Nani, como Jaguar.
No Rio, trabalhou ainda no Jornal dos Sports, onde substituiu Henfil, que foi se tratar da hemofilía nos Estados Unidos, e no Jornal da Globo, Última Hora, Diário de Notícias, Tribuna da Imprensa, O Cartoon e da MAD brasileira.
Além dos programas de Chico Anysio (Escolinha do Professor Raimundo, Chico Total, entre outros), colaborou com vários programas de humor na Rede Globo, como Casseta & Planeta e Zorra Total.
Nani ainda é autor dos livros 'Feliz e orgulhoso, envaidecido mesmo', 'Cachorro quente uivando para a lua', 'A traça de A a Z', 'Jornal do menininho' e 'Se arrependimento matasse'. Pela L&PM já publicou 'Batom na cueca', 'É grave, doutor?', 'Foi bom pra você?', 'Humor politicamente incorreto' e 'Orai Pornô'.
Foi premiado em Salões de Humor em Montreal, Niterói e Piracicaba.
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