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COVID-19: morre, aos 70 anos, o cartunista Nani

Morreu, nesta sexta-feira (8/10), aos 70 anos, o cartunista, escritor e roteirista Ernani Diniz Lucas, o Nani, vítima da COVID-19. Nascido em Esmeraldas, em 27 de fevereiro de 1951, ele estava internado há uma semana em Belo Horizonte.


Era um dos chargistas mais conhecidos do Brasil, e trabalhou por muitos anos publicando a tirinha Vereda Tropical, no Estado de Minas e em vários outros jornais pelo Brasil.

Muito amigo do também chargista Son Salvador (falecido em novembro de 2019), Nani colaborou com a versão brasileira da revista Mad e trabalhou como redator dos programas de Chico Anysio desde a década de 1970. Deixa a mulher Inez, os filhos Juliano e Danilo, além da neta Manuela

Começou a carreira ainda em Belo Horizonte, aos 20 anos, publicando charges no jornal O Diário, em 1971.


Logo em seguida foi trabalhar no Rio, no periódico O Jornal, mas de olho no Pasquim, uma das publicações mais populares no período, sempre com ironias ao governo militar, e onde estavam alguns dos ídolos de Nani, como Jaguar.

No Rio, trabalhou ainda no Jornal dos Sports, onde substituiu Henfil, que foi se tratar da hemofilía nos Estados Unidos, e no Jornal da Globo, Última Hora, Diário de Notícias, Tribuna da Imprensa, O Cartoon e da MAD brasileira.

Além dos programas de Chico Anysio (Escolinha do Professor Raimundo, Chico Total, entre outros), colaborou com vários programas de humor na Rede Globo, como Casseta & Planeta e Zorra Total.

Nani ainda é autor dos livros 'Feliz e orgulhoso, envaidecido mesmo', 'Cachorro quente uivando para a lua', 'A traça de A a Z', 'Jornal do menininho' e 'Se arrependimento matasse'.


Pela L&PM já publicou 'Batom na cueca', 'É grave, doutor?', 'Foi bom pra você?', 'Humor politicamente incorreto' e 'Orai Pornô'.

Foi premiado em Salões de Humor em Montreal, Niterói e Piracicaba.