Morre em Cuba Juan Carlos Tabío, codiretor de 'Morango e Chocolate'

Conhecido por filme sobre o drama vivido pelos homossexuais na Revolução Cubana, Tabío faleceu nesta segunda-feira (18/01), aos 77 anos, em Havana

AFP 18/01/2021 16:17

 

Tamasa Distribution
O longa retrata o amor entre dois jovens cubanos, em meio a intolerância e discriminação no regime de Fidel Cadastro. (foto: Tamasa Distribution)

FOTO 1O cineasta cubano Juan Carlos Tabío, codiretor do icônico filme "Morango e Chocolate" sobre o drama vivido pelos homossexuais na Revolução Cubana, morreu esta segunda-feira (18) em Havana aos 77 anos, anunciou o Instituto de Cinema de Cuba.


“Na madrugada de segunda-feira, 18 de janeiro, morreu em Havana o cineasta Juan Carlos Tabío (1943), figura importante da cinematografia nacional e autor de obras reconhecidas pelo público e pela crítica”, disse o portal Cubacine, do jornal Instituto (Icaico), sem especificar as causas da morte.

 

O site destacou que Tabío, vencedor do Prêmio Nacional de Cinema 2014 e cuja obra "faz parte da história transcendente do cinema cubano", "compartilhou a direção de Morango e Chocolate (1993) e Guantanamera (1995) com Tomás Gutiérrez Alea (Titón)", falecido em 1996 e considerado o mais importante de todos os cineastas da ilha.

 

Vencedor de vários prêmios internacionais, "Morango e Chocolate" revelou ao mundo o drama vivido pelos homossexuais nos primeiros anos da Revolução Cubana, com perseguições e internações em campos de trabalhos forçados.

 

Cubacine destacou que Tabío "será cremado" e que "em tempo hábil a realização da despedida será comunicada a este cineasta que pensou em imagens e nos deixa uma importante carreira como legado".

 

A morte de Tabío, autor de "Permutam-se casas" (1985) e "Plaff" (1998), entre outros filmes, segue a do também renomado cineasta cubano Enrique Pineda Barnet, diretor do emblemático filme "La bella del Alhambra" (1989), que morreu em 12 de janeiro.

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