O vocalista e percussionista do Roupa Nova, Paulo César dos Santos, o Paulinho, de 68 anos, morreu na noite desta segunda-feira (14/12). Ele estava internado na UTI hospital Copa D'or, no Rio de Janeiro, e foi vítima da COVID-19. 

Paulinho havia passado por um transplante de medula óssea em setembro, para tratar um linfoma. Ele recebeu o diagnóstico da COVID-19 quando ainda se recuperava do procedimento. 

 

Carioca e torcedor fanático do Fluminense, Paulinho fez parte da banda Los Panchos Villa, que se formou no início dos anos 1970, no Rio, depois de convite do tecladista e organista Cléberson Horst. Ao lado dos mesmos componentes que posteriormente formariam o Roupa Nova, ele integrou Os Famks por volta de 1976. 

 

Já pelo Roupa Nova, que recebeu o nome em 1980 por sugestão do empresário Mariozinho Rocha, Paulinho interpretou vários sucessos, como Whisky a Go-Go, Volta Pra mim, Já Nem Sei Mais, Linda Demais, Canção de Verão, Clarear e Meu Universo é Você. Desde então, dividia os vocais com o baterista Serginho Herval.

 

Na noite desta segunda-feira, o perfil da banda no Instagram prestou breve homenagem ao músico: "As luzes do palco se apagaram. Infelizmente o nosso querido Paulinho não resistiu", diz o texto. 

 

 

O vocalista deixa dois filhos, o baterista Pepê Santos e a cantora Twigg, que já participou em algumas apresentações do Roupa Nova.  

 

Mais cedo, a banda chegou a afirmar, pelo Instagram, que a situação de Paulinho era "delicada" e demandava "cuidados específicos". Há algum tempo, o vocalista já demonstrava dificuldade em atingir notas mais agudas nas músicas, já que seu estado de saúde estava bastante debilitado. 

 

 
Grammy 

 

Desde 1980 na ativa, o Roupa Nova era banda há mais tempo em atividade no país com os mesmos integrantes e estabeleceu o recorde de trilhas de novelas (35).  Em 2009, a banda recebeu o Grammy Latino de melhor álbum pop contemporâneo latino.