A influenciadora e apresentadora da CNN Gabriela Prioli, sempre expõe nas redes sociais sua opinião sobre assuntos em alta. Nesta terça-feira (03), o caso de estupro de Mari Ferrer gerou grande repercussão, com o acusadno sendo inocentado. Ela, então, resolveu falar sobre a sentença e chegou a comparar o caso com a prisão do ex-presidente Lula.
Gabriela Prioli é mestre em direito penal pela Universidade de São Paulo (USP) e sempre diz querer passar a visão técnica para seu público. Pela função Stories no Instagram, ela postou um texto sobre o assunto, pedindo 'mais razão e menos emoção', como sempre fala em seus vídeos. Ela diz que para tirar qualquer conclusão, é preciso ler todo processo, mas que está correndo de forma sigilosa.
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Em seguida, continuou. “Não existindo na Lei a previsão de estupro culposo (sim, a conclusão é a mesma que vocês estão adotando!) o acusado não responde por nada, pois o erro exclui o dolo. Ou seja, a argumentação não CRIA um tipo novo, senão diz que, inexistindo prova suficiente para concluir pelo estupro de vulnerável, não pode subsistir a responsabilização pelo crime culposo porque ele não existe”, explicou.
Em seguida, continuou. “Não existindo na Lei a previsão de estupro culposo (sim, a conclusão é a mesma que vocês estão adotando!) o acusado não responde por nada, pois o erro exclui o dolo. Ou seja, a argumentação não CRIA um tipo novo, senão diz que, inexistindo prova suficiente para concluir pelo estupro de vulnerável, não pode subsistir a responsabilização pelo crime culposo porque ele não existe”, explicou.
Prioli ainda disse que o direcionamento das críticas estava sendo feito de forma errada. Era preciso 'brigar' contra a conclusão de que não há prova suficiente. Logo depois ela pede: 'Prestem atenção na coerência' e comparou a situação com a prisão do ex-presidente Lula.
“Quando uma pessoa é identificada pela polícia como 'autor' de algo, é sempre uma suposição. Ainda não há sequer denúncia durante o processo. A acusação precisa ser provada. O vídeo diz: 'ainda assim, a justiça o inocentou'. Como se a avaliação da polícia, do delegado, vinculasse a Justiça. Pensem aí num outro caso famoso, o do Lula. Tanta gente defendendo que ele não é culpado mesmo depois da opinião da polícia, do Ministério Público e do Judiciário em mais de uma instância e agora, nesse caso, a opinião da polícia é suficiente?”, questionou.
Por fim, ela conclui: “Significa que não se possa criticar um e outro caso? Não. Significa que eles sejam idênticos? Não. Significa só que pra comentar sobre um processo nós precisamos conhecê-lo. E que precisamos ser coerentes: o que te basta pra considerar a pessoa culpada?”.
Por fim, ela conclui: “Significa que não se possa criticar um e outro caso? Não. Significa que eles sejam idênticos? Não. Significa só que pra comentar sobre um processo nós precisamos conhecê-lo. E que precisamos ser coerentes: o que te basta pra considerar a pessoa culpada?”.
O discurso da apresentadora não agradou aos internautas. Veja:
Mais tarde, ela tentou se justificar. “Entendo que vocês, sem o conhecimento técnico, achem difícil separar a emoção da razão nesse caso. Acreditem, eu me sensibilizo muitíssimo também, mas como técnica, preciso dizer a visão técnica”, disse.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra