Neguinho da Beija-Flor falou sobre a morte do neto Gabriel Ribeiro Marcondes, que morreu após ser baleado durante um baile funk, no programa Altas Horas, da TV Globo, exibido na madrugada deste domingo, 1º de novembro. Ao começar o assunto, Serginho Groisman classificou como "morte brutal" o que aconteceu com o jovem de 20 anos. Em seguida, o apresentador da Globo questionou o sambista sobre sua intenção de morar fora de sua terra natal.
O artista não respondeu ao questionamento diretamente e, em um primeiro momento, falou sobre as dificuldades de se criar filhos e sobre o racismo.
"Criar filho no Brasil com essa violência, principalmente, sendo negro... Eu já tive um filho baleado na porta da faculdade há vinte anos", contou o sambista de 71 anos. "Uma blitz na esquina tem dez parados, um é pretinho, a primeira coisa que a blitz vai atingir é o pretinho, depois vai revistar os outros", complementou.
Serginho comentou que Neguinho sempre teve reconhecimento no samba por ser um ambiente acolhedor e inclusivo, mas perguntou se o artista já tinha sofrido racismo em outros lugares.
"Já teve pessoas que trocaram de lugar no avião. Foi lá cochichou com na comissária e não tinha outro lugar. Você vê que vai ali na viagem todo mal humorado", relatou ele.
Então, o sambista voltou à pergunta sobre morar em outro país. "Eu amo o Brasil, eu não estou querendo ir para Portugal ou Itália, que eu tenho amigos na Itália. Minha filha. Eu vou atendendo o pedido da minha esposa: 'eu quero minha filha estudando fora'", explicou Neguinho da Beija-Flor mencionando sua caçula, negra e de 12 anos.
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"Criar filho no Brasil com essa violência, principalmente, sendo negro... Eu já tive um filho baleado na porta da faculdade há vinte anos", contou o sambista de 71 anos. "Uma blitz na esquina tem dez parados, um é pretinho, a primeira coisa que a blitz vai atingir é o pretinho, depois vai revistar os outros", complementou.
Serginho comentou que Neguinho sempre teve reconhecimento no samba por ser um ambiente acolhedor e inclusivo, mas perguntou se o artista já tinha sofrido racismo em outros lugares.
"Já teve pessoas que trocaram de lugar no avião. Foi lá cochichou com na comissária e não tinha outro lugar. Você vê que vai ali na viagem todo mal humorado", relatou ele.
Então, o sambista voltou à pergunta sobre morar em outro país. "Eu amo o Brasil, eu não estou querendo ir para Portugal ou Itália, que eu tenho amigos na Itália. Minha filha. Eu vou atendendo o pedido da minha esposa: 'eu quero minha filha estudando fora'", explicou Neguinho da Beija-Flor mencionando sua caçula, negra e de 12 anos.