Com a publicação de um edital que pretende injetar R$ 20 milhões em projetos artísticos de todo o país, a mineradora Vale anuncia o lançamento do Instituto Cultural Vale. A empresa já apoia cerca de 60 iniciativas na área, na qual quer fortalecer sua atuação. Um painel de especialistas, inclusive de outras instituições culturais, foi escalado para opinar sobre estratégias e apostas.
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A verba será liberada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – a chamada Lei Rouanet – e irá contemplar projetos em quatro faixas de valor: até R$ 250 mil, até R$ 500 mil, até R$ 1 milhão e até R$ 2 milhões. A divulgação preliminar dos resultados está prevista para 25 de outubro, e a final para 1º de dezembro.
''Os editais têm enorme potencial para estimular a produção artística e impulsionar a indústria criativa em todo o Brasil, especialmente nas áreas tradicionalmente menos privilegiadas pelos investimentos em cultura'', afirma Luiz Eduardo Osorio, diretor-executivo da Vale e presidente dos Conselhos Estratégicos e de Curadores do Instituto Cultural Vale e da Fundação Vale.
MEMORIAL VALE
Ainda sem uma sede física, o instituto também é o novo responsável pelos projetos criados, apoiados ou patrocinados pela empresa, como o Memorial Minas Gerais Vale, localizado na Praça da Liberdade, em BH.
A empresa patrocina também a manutenção do Instituto Inhotim, em Brumadinho; a reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro; e a restauração do Museu do Ipiranga, em São Paulo, além de manter outros três espaços culturais próprios.
O instituto nasce com orçamento de R$ 102,4 milhões. A grande maioria é fruto de incentivo fiscal, sendo R$ 17,86 milhões de recursos próprios.
''Estamos passando por um momento desafiador para a produção cultural brasileira. O setor foi extremamente impactado pela pandemia com o fechamento de equipamentos culturais, cancelamento de atividades e retração de patrocínios. É nesse contexto que reafirmamos o nosso compromisso com a área da cultura, tão fundamental para formação da nossa própria identidade'', afirma Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Sustentabilidade e Investimento Social da Vale.
A iniciativa conta com um painel de especialistas, que apoiará a diretoria e o conselho da instituição nas decisões relacionadas à cultura. Entre os nomes confirmados estão o da escritora Heloísa Buarque de Hollanda e o da fundadora do projeto Redes da Maré, do Rio de Janeiro, Eliana Sousa Silva.
Outras ações que agora passam a ser gerenciadas pelo instituto incluem o apoio à conservação do Cristo Redentor, o patrocínio de festividades como o Círio de Nazaré, e o Programa Vale Música, que incentiva a educação musical e tem, entre seus parceiros, a Orquestra Sinfônica Brasileira.