Patrimônio mundial e cidade musical por excelência, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, vive um momento bem-afinado com sua história e tradições da comunidade. Depois de mais de três anos de obra, foi concluído, com requalificação do espaço, o restauro do prédio que vai sediar a Escola Municipal de Música e Arte Maestro Francisco Nunes e a Orquestra Sinfônica Jovem de Diamantina – entre os objetivos, despertar vocações, valorizar talentos e abrir caminhos profissionais.
Leia Mais
Estado de saúde de Vanusa é grave, diz hospital Maisa Silva mostra sua primeira participação na TV, aos três anosPaola Carosella é chamada de 'vagabunda' e rebate internauta no TwitterCom história de enfermeira perversa, 'Ratched' é a 'Coringa' das sériesMillie Bobby Brown é Enola Holmes no filme da NetflixFlipoços desenvolve plataforma para fazer edição 100% on-lineA superintendente do Iphan em Minas, Débora do Nascimento França, esteve em Diamantina e falou com orgulho da intervenção que acompanhou, como arquiteta responsável e na fiscalização, durante o período em que trabalhou na prefeitura local. "Juntamente com o Teatro Santa Izabel e a Praça Doutor Prado, no Centro Histórico, teremos um corredor cultural. A música tem uma identidade muito forte em Diamantina, e o novo equipamento será para apresentação da orquestra, ensaios, pois há também um anfiteatro, enfim, será muito importante para a cidade", afirmou Débora.
Popularmente conhecida como Casarão dos Orlandi, a edificação, segundo a equipe do Iphan, passou por extensas obras de restauro e requalificação. Construído no fim do século 19 e localizado na Praça Doutor Prado, "um dos arruamentos mais antigos da cidade", o prédio integra o conjunto arquitetônico e urbanístico de Diamantina, tombado pelo Iphan desde 1938, e parte do núcleo reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio mundial em dezembro de 1999.
Para o maestro da Orquestra Jovem de Diamantina, Reginaldo da Cruz, trata-se de um momento muito singular para o desenvolvimento musical, pois a orquestra, com 45 integrantes, terá seu espaço em local apropriado – antes, ocupava provisoriamente as dependências do Teatro Santa Izabel. Ele lembra que, embora o nome seja Orquestra Jovem, há pessoas de diferentes faixas etárias, dos 14 aos 55 anos.
Já a secretária municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, Márcia Betânia Oliveira Horta, ressalta que, conforme pesquisa recente, 70% das famílias de Diamantina têm em casa um estudante de música ou um profissional de setor. A tradição para a música vem desde o século 18, com ensino nas escolas "pelas irmãs francesas", presença forte de bandas de música e o legado do maestro Lobo de Mesquita (1746-1805).
Já a secretária municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, Márcia Betânia Oliveira Horta, ressalta que, conforme pesquisa recente, 70% das famílias de Diamantina têm em casa um estudante de música ou um profissional de setor. A tradição para a música vem desde o século 18, com ensino nas escolas "pelas irmãs francesas", presença forte de bandas de música e o legado do maestro Lobo de Mesquita (1746-1805).
Adquirido pela prefeitura local e consolidado estruturalmente pela equipe de obras do Iphan e da Prefeitura de Diamantina, o casarão mantém preservados os principais aspectos arquitetônicos. Em seu interior, "foram construídas salas para ensaio de naipe, administração, banheiros e um grande salão com palco escalonado para ensaios da orquestra, além de um mezanino para melhor apreciação dos eventos".
Na parte posterior do casarão histórico, o terreno foi convertido em arquibancadas e canteiros que permitirão à população assistir aos concertos e ensaios em uma concha acústica com a paisagem da Serra dos Cristais ao fundo. O imóvel também foi completamente dotado de acessibilidade universal, contando com rampas, elevador, pisos tácteis e placas de sinalização em braile.
SAIBA MAIS
QUEM FOI?
O nome da nova instituição é uma homenagem ao clarinetista e maestro mineiro natural de Diamantina Francisco Nunes (1875-1934), que foi fundador da Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música. Ele também dá nome ao teatro que fica no Parque Municipal, no Centro da capital.