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GOVERNO FEDERAL

Ator mineiro Jefferson da Fonseca é o novo diretor-executivo da Funarte

O mineiro Jefferson da Fonseca Coutinho foi nomeado, nesta segunda-feira, como diretor executivo da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A fundação integra a Secretaria Especial da Cultura, comandada pelo também ator Mário Frias.



Formado em Artes Cênicas pela Fundação Clóvis Salgado e em Roteiro, Direção e Produção para TV e Cinema pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Jefferson da Fonseca atuou, recentemente, nos filmes Atrás da Sombra, de Thiago Camargo, e em Foro Íntimo, de Ricardo Mehedff. Ele participou de mais de 40 peças, integrou o elenco da minissérie JK, da Globo, e de novelas como Sete Vidas, Novo Mundo, Os Dias Eram Assim e Orgulho & Paixão, além de ter feito quadros no Fantástico

Ao Estado de Minas, Jefferson disse que a prioridade é amenizar os efeitos impostos pela pandemia do novo coronavírus sobre o setor cultural. “É um desafio enorme compreender o que podemos fazer emergencialmente e, também, o que fazer para resgatar a cultura que, nos últimos anos, no Brasil e em outros países, tanto vem sofrendo”, explica. 

A Funarte é presidida por Luciano Silva. A Secretaria de Cultura, por sua vez, é subordinada ao Ministério do Turismo, comandado pelo também mineiro Marcelo Álvaro Antônio. 

O novo diretor executivo da fundação estava em Portugal, cursando mestrado em Cinema. De volta à terra natal, Jefferson quer estabelecer canais de diálogo com o setor. “A estratégia, neste momento, é a escuta, de construção e valores, para unir forças, em prol do melhor para os artistas e para a população”, afirma. 



Currículo

Em 2015, Jefferson da Fonseca foi nomeado diretor de Artes Cênicas e Música da Fundação Municipal de Cultura, entidade que planeja e executa a política cultural de Belo Horizonte. Em 2013, foi curador do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte (FIT-BH). 

Também em Belo Horizonte, fundou a Casa do Ator Estúdio de Treinamento e Arte, trabalhou no Estado de Minas como diagramador e repórter, e foi colunista do jornal Aqui. 

Jefferson crê que o “currículo” do Brasil nas mais diversas vertentes artísticas pode amparar o trabalho. “Nosso país é extraordinário, de grandes artistas e tem na cultura um histórico de muitas lutas, alegrias e grandes construções, em todas as linguagens. Temos riqueza e tamanho sem igual. Se existe a possibilidade de ajudar nessa construção, é um grande privilégio”, pontua. 

‘Lei Aldir Blanc’

Em junho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou lei federal que trata de auxílio aos trabalhadores da cultura, fortemente prejudicados pela pandemia. A Lei Aldir Blanc, como ficou conhecido o texto, prevê repasse de R$ 3 bilhões a estados e municípios para o fomento de ações de ajuda ao setor. 

Mudanças constantes

Desde o início da gestão de Bolsonaro, com o fim do Ministério da Cultura (MinC), a secretaria especial criada para substituir a pasta sofre com a rotatividade de seus titulares. A última a deixar o posto foi a “ex-global” Regina Duarte. Anunciada no início de março, a “namoradinha do Brasil” ficou no cargo até o fim de maio.