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Em fevereiro ele chegou a pedir perdão, lamentando o sofrimento causado e assumindo "toda a responsabilidade" por seus atos após a polêmica de assédios sexuais.
Na entrevista, Domingo evitou perguntas diretas sobre se ele alguma vez assediou mulheres sexualmente. As acusações prejudicaram sua carreira nos Estados Unidos, bem como na Espanha.
"Eu nunca prometi um papel a um cantor, nem nunca aceitei o papel de um cantor", disse ele. "Passei minha vida inteira ajudando e, você sabe, incentivando e impulsionando as pessoas." Ele acrescentou que as responsabilidades dentro das companhias de ópera são divididas, o que significa que ele nunca teve controle total sobre as decisões de elenco.
As investigações da LA Opera e da American Guild of Musical Artists (AGMA) concluíram que as alegações de assédio sexual eram críveis. A LA Opera disse não ter encontrado evidências de abuso de poder, mas a AGMA encontrou um padrão claro de abuso, de acordo com pessoas que falaram à AP sob condição de anonimato.
Domingo focou quase exclusivamente nas alegações de abuso de poder durante a entrevista em Nápoles. Aos 79 anos, o cantor contraiu o novo coronavírus em março e ficou internado por dez dias até se curar.
Ele disse que espera poder resolver o que considera um mal-entendido com as autoridades espanholas. Também almeja voltar a cantar na Espanha, onde seus pais dirigiam a casa de ópera Zarzuela, em Madri. Mas disse ver como "menos provável" seu retorno aos palcos dos EUA. "É muito triste para mim não poder cantar nos Estados Unidos. Gosto muito", disse Domingo. "Por mais de meio século, o público foi sempre realmente extraordinário."